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A aposta de Bruno Chevalier, CEO da Arke Energia, joint venture formada por Pátria Investimentos, Shell e Mitsubishi, e que é proprietária da UTE Marlim Azul (RJ – 565 MW), é que os leilões de capacidade do ano que vem sejam bastante importantes. De acordo com o executivo, fatores que ocorreram esse ano, como a recente forte onda climática e o apagão do dia 15 de agosto fizeram com que a necessidade de um sistema seguro ganhasse mais força mesmo com os reservatórios cheios. “Acredito que será um leilão com uma demanda relevante”, afirma.

A Arke conta com a nova fase da UTE Marlim Azul para concorrer nos leilões de 2024. A usina 2, cuja planta ficará ao lado da primeira planta, tem as mesmas características da outra e potência de cerca de 641 MW. Já existe a infraestrutura no sítio para a expansão. A expectativa é que a licença prévia seja emitida até o primeiro trimestre do ano que vem, o que a permitiria participar dos certames. O gargalo desafiador para o novo projeto seria a molécula, a oferta de gás.

Os sócios atuais de Marlim Azul, Pátria Investimentos, Shell e Mitsubishi Power tem preferência de participar do novo projeto, mas ele pode ser tocado por outros sócios. Nenhuma deles ainda sinalizou se quer manter a parceria para a nova usina. A companhia aguarda que o governo divulgue o calendário de leilões de energia. Este ano, não houve leilão de energia nova.

Para Chevalier, não há outra maneira de viabilizar Marlim Azul 2 se não for por um leilão, já que é um projeto pesado para obter um financiamento simples. “Sem um leilão, é impossível viabilizar um financiamento de longo prazo”, avisa. Segundo o executivo, a Pátria gosta de investir em energia e infraestrutura, continuando com investimentos nessa área. O executivo se mostrou favorável a um certame regional, com foco na vocação dos recursos que existem em determinada localidade.

O fundo da Pátria Investimentos que participa na UTE Marlim Azul tem prazo para deixar a joint venture. A Pátria tem 50,1% de participação, a Shell tem 29,9% e a Mitsubishi tem 20%. Mas segundo Chevalier, o foco no momento está em colocar a térmica em operação, o que deve acontecer nos próximos dias. A expansão ou não da Marlim Azul 2 também deverá pesar na decisão. “Ainda estudamos o melhor momento para sair”, observa. O novo investidor teria um perfil diferente, já que o risco é menor com a usina em operação.

Ainda assim, uma permanência pode acontecer. Ele dá como exemplo a rede de academias Smart Fit, em que o fundo avaliou que o mercado ainda era crescente, mas tinha prazo para sair e vendeu a fatia para outro fundo do mesmo Pátria.

Segundo Chevalier, vários players e investidores já manifestaram interesse. O ativo é considerado pelo mercado de qualidade, com receita boa de longo prazo, está próximo ao mercado e com gás do pré-sal, que tem baixa emissão de carbono. “Já recebemos várias sondagens”, revela.

*O repórter viajou a convite da Arke Energia