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A oferta de bioeletricidade sucroenergética para a rede elétrica entre janeiro e setembro atingiu 15.228 GWh, mostrando crescimento de 8,3% na comparação com o mesmo período do ano passado, quando chegou a 14.063 GWh, aponta o último boletim da União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica) elaborado com base em dados da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). O volume produzido em 2023 é equivalente a 22% da geração de energia de Itaipu no ano passado ou a atender 12% do consumo anual de energia elétrica de um país como a Argentina.

Quando são incluídas as demais biomassas na conta, como resíduos de madeira e biogás, a bioeletricidade total ofertada para o sistema, o montante é de 20.516 GWh, incremento de 6% com relação a igual período em 2022, ficando na terceira posição em termos de representatividade na geração total do Sistema Interligado, superando a geração fotovoltaica e as térmicas a gás.

O principal combustível na geração é a biomassa sólida advinda do setor sucroenergético, o chamado bagaço e a palha, representando mais de 74% do total ofertado no período. Segundo a Unica, com o avanço da safra canavieira no Centro-Sul, esses insumos costumam ultrapassar 80% em termos de representatividade no total de geração mensal de bioeletricidade para a rede no Sistema Interligado.

A entidade reforçou ainda a importância da complementariedade existente entre a oferta da bioeletricidade sucroenergética e a geração hidrelétrica, ainda a principal fonte de geração no país, responsável por 71% da geração de energia para a rede entre janeiro e setembro de 2023. De acordo com o boletim, a estimava é que o reforço da biomassa poupou 10% da energia total capaz de ser armazenada, sob a forma de água, nos reservatórios das hidrelétricas no submercado Sudeste/Centro-Oeste, por conta da maior previsibilidade e disponibilidade da bioeletricidade justamente no período seco e crítico para o setor elétrico.