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A agência de classificação de riscos, Fitch Ratings, afirmou que desinvestimentos de ativos são fundamentais para o esforço de desalavancagem da Cosan nos próximos dois a três anos. Segundo a agência, a empresa adquiriu participação minoritária da Vale por meio de uma estrutura de financiamento complexa ao final de 2022, o que aumentou seu endividamento e pressionou a alavancagem, apesar dos dividendos adicionais provenientes das ações da mineradora.

A aquisição de ações da Vale foi financiada por um empréstimo ponte garantido de R$ 8 bilhões e um empréstimo bancário de R$ 8,5 bilhões, utilizados para adquirir 1,5% das ações por meio de compra direta e 3,4% por meio de uma estrutura de collar financing. O empréstimo-ponte foi pago com ações preferenciais de duas entidades criadas para deter ações da Raízen e da Compass.

Segundo a agência, a aquisição melhorou moderadamente a diversificação geográfica e de produtos da Cosan, já que a Vale é uma empresa de destaque no setor de mineração e gera a maior parte de sua receita fora do Brasil. Entretanto, a Fitch acredita que a aquisição de participação da Vale reduziu a expectativa de recebimento de dividendos da Raízen e da Compass para servir a dívida da holding e aumentou sua alavancagem líquida, enfraquecendo seus indicadores de crédito. A Cosan depende de desinvestimentos relevantes para reduzir seu elevado endividamento, principalmente no âmbito da holding. A Fitch ressalta que a maior pressão para amortizar dívida começa apenas em 2025, o que dá tempo para concretizar eventuais vendas.

Entretando, a Fitch acredita que a capacidade de redução de alavancagem da Cosan depende da venda de ativos, cujo valor e prazo são incertos. A estratégia da empresa é vender parte da participação acionária de seus ativos nos próximos dois anos para fazer frente à importante amortização de dívida, principalmente a partir de 2025.

De acordo com a agência, os desinvestimentos podem vir da redução da participação nos principais ativos do grupo, como Moove Lubrificantes, Compass e Raízen. A Fitch considera estes ativos relevantes e valiosos, podendo dar à Cosan importante flexibilidade financeira para sustentar sua capacidade de redução de alavancagem. Uma venda mal sucedida de ativos aumentaria a necessidade de refinanciamento da Cosan, mas o comprovado acesso do grupo ao mercado de dívidas é um importante mitigante.

Por outro lado, agência de risco observa que o perfil de crédito da Cosan é favorecido por sua forte e diversificada carteira de ativos, que se beneficia da liderança de suas subsidiárias em seus segmentos. A Fitch acredita que haverá aumento contínuo da geração de caixa das principais subsidiárias da Cosan (Rumo, Compass, Raízen e Vale), o que deve fortalecer o modelo de negócios da Cosan.