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No contexto da busca das empresas e organizações pela sustentabilidade de suas operações, a tecnologia digital entra em campo como importante aliada para reduzir as emissões de carbono e o consumo de energia, implantar a economia circular e manter a produtividade ao mesmo tempo. A Aveva, uma empresa que trabalha com software industrial, observa um crescimento no Brasil com relação a demanda por esses programas que podem ter impacto direto nas metas de descarbonização, puxada hoje pelos setores de energia, mineração, e avançando nas indústrias de processo como a de química, alimentos e bebidas e de celulose e papel.

Dados do IEEE mostram que o Brasil deverá receber investimentos de US$ 500 bilhões no setor de energia renovável até 2030, e a estimativa da Aveva no país, é que a área de software industrial e automação deverá absorver 10% desse investimento. Segundo a companhia, as soluções digitais são o caminho para que as empresas façam a transição para uma economia mais limpa e de menor emissão de carbono, e a Aveva vem se preparando para ser um dos principais parceiros da indústria nesse processo.

Ainda de acordo com a empresa, há novos KPIs orientando a sustentabilidade, e se as organizações não estiverem alinhadas com isso, perderão mercado. O setor de energia, que inclui óleo & gás, reúne de 40% a 50% das vendas de soluções da Aveva. A companhia acredita que o caminho para o aproveitamento dos recursos naturais começa pela descarbonização das plantas existentes (brownfield), com a utilização da tecnologia digital já disponível, e que estão ajudando o desenvolvimento de soluções inovadoras e a exploração de novas fontes de energia sustentáveis como o hidrogênio, cuja utilização deverá crescer 10 vezes até 2050.

Com isso, as soluções digitais têm papel fundamental para viabilizar os projetos que levarão à descarbonização, tal como a disseminação do hidrogênio como fonte energética. Por exemplo, a viabilização da operação de hidrogênio requer uma infraestrutura, o que inclui as plantas industriais, as redes elétricas e sistemas de distribuição, e é preciso que essas partes conversem entre si, criando um ambiente de conectividade, que é chamado de economia industrial conectada. De acordo com a companhia, as soluções digitais permitirão operar com a maior rapidez, de forma mais inteligente, confiável e segura no gerenciamento dessa cadeia de valor.

A Aveva, que tem mais de 20 anos de experiência em operações no Brasil e na América Latina, tem o objetivo de aumentar ainda mais a sua presença nesses locais. Hoje a empresa tem ajudado grandes companhias em setores como energia, gás, óleo, química, celulose, papel e mineração a otimizar investimentos, reduzir custos e riscos, entre outras coisas.

Entre as soluções utilizadas pela companhia, ganha destaque no mercado os benefícios da visualização em 3D em diferentes momentos do projeto e operação de uma planta industrial e as ferramentas associadas ao Aveva PI System para gerenciamento e otimização de dados operacionais. Além disso, as soluções de gêmeos digitais têm permitido otimizar os investimentos em Capex em 10% a 15% e reduzir o custo de risco em 30% a 50%, além de permitir encontrar gargalos e realizar ações rápidas de correções e melhorias em operação e manutenção.

“Queremos estar onde nossos clientes estão e hoje contamos com uma rede de mais de 200 companhias especializadas, distribuidores e obviamente a força própria para poder atender aos clientes. Queremos estar perto deles e com isso, estamos atuando nos diferentes segmentos da indústria e fazendo um forte investimento”, disse o vice-presidente da companhia para a América Latina, Federico Hernández.

De acordo com o executivo, a companhia tem uma política de investimentos muito agressiva em inovação e desenvolvimento, porém não revelou a reportagem da Agência CanalEnergia o valor exato. “Para os próximos meses, iremos apresentar as últimas novidades e atualizações, mas também teremos a possibilidade de conectar nossos clientes com os parceiros”, explicou.

Ainda com relação ao Brasil, Hernández declarou que a missão da Aveva é ajudar os clientes na transformação digital. “Com o nosso software conseguimos um controle e otimização das operações com informações e análises preventivas juntamente combinados com a inteligência artificial que também permite aos nossos clientes obter uma economia para aumentar a produtividade e a eficiência operacional”, ressaltou.

Quando questionado sobre as empresas do setor de energia começarem a automatizar e digitalizar os processos operacionais, Hernández declarou que existem estudos que mostram que nas próximas décadas as empresas do setor energético necessitarão se adaptar rapidamente para poder responder adequadamente a procura por uma nova demanda. “A automatização e a digitalização são importantes para as empresas de energia, pois elas enfrentam mudanças sem precedentes na cadeia de valor e hoje as companhias do setor tem maior concorrência, menor previsibilidade e mais complexidade para poder operar”, destacou. Ele ainda afirmou que a digitalização e a automação podem alavancar a economia.

Por fim, com relação ao futuro da automação no setor de energia a longo prazo, o executivo pontuou que é necessário ter uma combinação do aumento da eficiência energética na geração, distribuição e consumo. “Uma aceleração na diversificação da matriz energética para poder atender as novas demandas, mas também a sustentabilidade”, disse.