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A Atlas Renewable Energy garantiu um financiamento de US$ 447,8 milhões ou R$ 2,1 bilhões (na cotação atual) junto Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Esse é o maior acordo desse tipo em dólares designado pelo banco para energia renovável para o maior contrato de compra de energia (PPA) solar da América Latina, segundo a empresa. A planta de Vista Alegre, localizada em Janaúba (MG), terá 902 MWp de potência entre 18 usinas, equivalente a 768 MWac para uma produção esperada de 200 MW médios ou 2TWh anuais, com geração que corresponde ao fornecimento de energia para mais de 3 milhões de pessoas. O ativo está incluído no Novo PAC do Governo Federal.
O empreendimento fornecerá eletricidade à Albras por 21 anos. A construção foi iniciada nesse ano, com previsão de entrega dos primeiros MWp até 2025. Os PPAs em dólares têm ganhado força no país como uma solução para fornecer energia às empresas com hedge cambial para grandes exportadores, ajudando assim os clientes a cumprirem suas metas de sustentabilidade por meio do acesso à fontes renováveis. O financiamento marca a segunda colaboração entre o BNDES e a Atlas, após a central Boa Sorte (438 MWp), outra joint venture com a Albras, que também fornecerá energia para a produção de alumínio.
A diretora de Infraestrutura, Transição Energética e Mudança Climática do BNDES, Luciana Costa, afirmou que a inciativa contribuirá para o desenvolvimento do Norte de Minas, sendo o maior projeto fotovoltaico construído em fase única no país, com implantação de uma só vez. “Desde 2000 o BNDES financiou 70% da capacidade de geração de energia adicionada no país para uma matriz elétrica 88% renovável”, ressalta.
Além de gerar mais de 2.500 empregos na fase de implementação, a Atlas anunciou que executará na região seu principal programa social, o “Somos Parte da Mesma Energia”, visando promover a diversidade e a inclusão na mão de obra em projetos de energias renováveis. A ideia é melhorar as competências das mulheres locais para aumentar a participação feminina em pelo menos 15%. A empresa também colocará em prática o Ed-Mundo, que visa capacitar jovens estudantes em programação, TI, robótica e empreendedorismo em comunidades carentes.