Olá, esse é um conteúdo exclusivo destinado aos nossos assinantes
Cadastre-se GRATUITAMENTE ou faça seu LOGIN e tenha acesso:
Até 5 conteúdos
fechados por mês
Ficar por dentro dos cursos e
eventos do CanalEnergia
Receber nossas newsletters e
mantenha-se informado
sobre o setor de energia.
Notícias abertas CanalEnergia
ou
Já sou cadastrado,

Ainda que os atores políticos globais tenham ampliado suas medidas para maior promoção da Eficiência Energética em 2023, ajudando os consumidores a pouparem recursos e melhorando a segurança e sustentabilidade dos sistemas energéticos, esse progresso não está avançando na velocidade esperada para cumprir com as metas climáticas, segundo o novo relatório da Agência Internacional de Energia (AIE). O compromisso de duplicar o ritmo das ações nesta década é vista como crucial na avaliação da entidade, uma vez que o calor recorde e o crescimento industrial têm impulsionado a demanda por energia.

O levantamento publicado nessa semana conclui que a dinâmica política para a eficientização continua aumentando após a crise energética global desencadeada pela invasão da Ucrânia pela Rússia. Os aportes cresceram 45% desde 2020, e no ano passado os países que representam três quartos dessa procura reforçaram práticas já existentes ou introduziram novas. Quase todos as nações possuem atualmente normas de eficiência para aparelhos de ar-condicionado, além de normas para motores industriais, que triplicaram na última década.

No entanto, a pesquisa identificou um abrandamento nesse ano nas melhorias globais na intensidade energética, uma medida primária da EE. Entre os fatores está a recuperação da economia em setores eletrointensivos, como a petroquímica e a aviação em algumas regiões, bem como a crescente procura por sistemas de climatização durante o ano mais quente da história.

Para atingir zero emissões líquidas no setor elétrico até 2050, o que é essencial para limitar o aquecimento global à meta do Acordo de Paris de 1,5 °C, a análise da AIE mostra que os esforços anuais em EE precisam duplicar, passando de um nível de 2 % em 2022 para mais de 4% ao ano em média, até 2030. Nesse ano a melhora foi 1,3%, muito abaixo do necessário para atingir o objetivo.

Um compromisso global nesse sentido e nesta década é um dos cinco pilares da agência para um resultado bem-sucedido na COP28, que começa nessa quinta-feira, 30 de novembro. Outras ações prioritárias no período incluem triplicar a capacidade de energia renovável; empresas de petróleo e gás que se comprometem com transições para fontes limpas, incluindo a redução das emissões de metano das suas operações em 75%; impulsionar o investimento nos mercados emergentes e nas economias em desenvolvimento; além de assegurar o declínio ordenado do uso de combustíveis fósseis, incluindo o fim de novas aprovações de usinas a carvão.

Na avaliação da entidade, a taxa global mais lenta em relação a eficiência mascara alguns ganhos relevantes nesse ano. Depois de melhorar a intensidade energética em 8% em 2022, a União Europeia deverá registrar uma melhoria de 5%, e os Estados Unidos em 4%. Desde o início da crise energética, mais de 40 países ao todo apresentaram uma taxa de 4% ou mais durante pelo menos um ano.

O estudo conclui também que atingir a meta de duplicação traria benefícios substanciais para os governos, cidadãos e a indústria. A mudança universal na iluminação para a tecnologia LED no mercado norte-americano, por exemplo, poderia poupar energia suficiente para abastecer 3 milhões de veículos eléctricos por ano ou aquecer 2,6 milhões de casas com bombas de calor.

Também são previstas oportunidades de trabalho em atividades como a modernização de casas, instalação de bombas de calor e a fabricação de automóveis mais eficientes, que podem oportunizar a criação de mais 4,5 milhões de empregos. Além disso, poderia reduzir as atuais contas de luz domésticas em cerca de um terço nas economias avançadas. Outro ponto mencionado é o impacto climático, com a redução das emissões globais de dióxido de carbono em mais de 7 mil milhões de toneladas, o equivalente aos lançamentos de todo segmento de transportes em todo o mundo atualmente.