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A modernização do setor elétrico não é uma realidade no Brasil, mas o tema está na pauta e deverá avançar com ou sem a regulação que altera o marco regulatório. As empresas e o consumidor que conseguem estão buscando alternativas para se proteger dos elevados custos da energia no país, com isso, as empresas adaptarem-se à essa nova realidade.

Apesar dessa visão, ainda há diferentes barreiras a serem traspassadas pelo setor. De acordo com o Vice Presidente de Regulação e Relações Institucionais da Eletrobras, Rodrigo Limp, ​entre esses desafios está o de verificar o papel das distribuidoras e a questão dos contratos legados em um ambiente que caminha para a abertura, ainda mais quando essa medida chegar à baixa tensão. Segundo ele, essa discussão tem que ser iniciada diante da previsibilidade e a segurança jurídica.

Outro tema que ele destaca é a questão dos preços de energia. “Um dos pontos importantes é o aprimoramento na formação de preços. Para que o mercado funcione da melhor forma, é essencial que o preço reflita os custos da operação, dando os corretos sinais econômicos para que os agentes atuem da melhor forma”, defendeu o executivo em sua participação no painel final do 15o Encontro Anual do Mercado Livre, evento do Grupo CanalEnergia, by Informa Markets, realizado semana passada na Bahia.

O tema preços foi citado pelo CEO da Tradener, Walfrido Ávila, que foi o pioneiro no mercado livre do Brasil ao fechar o primeiro contrato de um grande consumidor no ACL.

Ele concorda e diz que a formação de preços é um item importante e que está indo para um caminho errado. O executivo lembrou que PLD não é preço de energia, apenas para a liquidação de diferenças. Inclusive sugeriu se não seria discutível avaliar se o PLD precisaria existir ou não, ainda mais diante da mudança da matriz que está mais diversificada.

“Não sei se faz sentido o PLD e sua representação no Brasil hoje em dia”, refletiu.

Nesse sentido de buscar novas formas e olhar o futuro do setor, o presidente da Thymos Energia, João Carlos Mello, destacou que no futuro a energia será tratada como um serviço, tomando como base o caso da telefonia no Brasil. Novos produtos serão agregados e oferecidos em blocos para o consumidor.

“Há desafios para a regulação. E para o mercado isso é parte do processo de avanço, outro ponto a colocar o Open Energy, que pode permitir uma maior concorrência entre as empresas em benefício do consumidor de energia”, destacou.

Um caminho que parece ser óbvio na caminhada de buscar mais mercados é o da eletrificação da economia, até porque o Brasil já fez sua transição energética com seus 88% de renovabilidade da matriz.

“Temos que pensar na eletrificação de outros setores como o de transporte e indústria e como a energia eficiente podemos atender o setor. O desafio para isso é ter a infraestrutura”, acrescentou Mello.

Claudio Ribeiro, CEO da 2W Ecobank, empresa que recentemente passou por uma readequação da marca justamente para atribuir uma perspectiva de serviços financeiros no setor diz que o mercado não precisa de subsídios. Segundo ele, as empresas conseguem encontrar os caminhos para chegar ao consumidor dentro dos limites da regulação.

“Vender descontos é fácil, a questão é como fidelizar e vender serviços para esse consumidor. Não será mais o desconto o grande atrativo”, avaliza.

No processo de diversificação de produtos que deverá ser a nova fronteira do mercado elétrico está a ampliação da liquidez do ACL. Na avaliação de Dri Barbosa, CEO da N5X, empresa que estreou no país este ano com a meta de ser no futuro uma bolsa de energia, o giro no pais ainda é limitado pela análise de risco. O Brasil ainda é um mercado de entrega física, mas há espaço para um mercado de entrega financeira.

“O Brasil apresenta oportunidades e perspectivas de aumentar o giro do mercado que está na ordem de 4,27 vezes. Para ter uma ideia em mercados onde a EEX que é uma das controladoras da empresa, o giro chega a ser de 10 vezes ou mais e isso acontece porque temos a limitação de risco de crédito aqui”, comentou.

A executiva disse que para chegarmos a uma clearing house no mercado nacional é necessário passar por etapas. É um processo que complexo e demorado e por isso de longo prazo. No melhor dos horizontes, a bolsa seria alcançada apenas em 2026.