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As perspectivas globais para energia eólica caíram 29 GW ou 2% no quarto trimestre desse ano, significando um recuo na capacidade instalada acumulada para 2,35 TW até o final de 2032, informa o último relatório da Wood Mackenzie sobre a fonte. Entre os fatores que explicam o resultado, a publicação destaca problemas crescentes nos Estados Unidos e um lento desenvolvimento de projetos na China, ambos mercados-chave envolvendo os aerogeradores.
“Os fundamentos do mercado de longo prazo permanecem fortes apesar dos desafios de curto prazo na execução de projetos na China e na maturação do mercado offshore nos EUA”, afirmou o vice-presidente de Pesquisa Global de Energias Renováveis da Wood Mackenzie, Luke Lewandowski. Segundo o estudo, 82% do rebaixamento global vem dos cortes combinados nos dois países.
Na terra do Tio Sam, uma série de contratos de compra de energia (PPA) foram cancelados, contribuindo para uma redução de 10,9 GW na perspectiva global offshore de 2023 a 2032. O estudo acrescenta que, para além do anúncio da Ørsted de cessar o desenvolvimento dos seus projetos offshore, os estrangulamentos na cadeia de fornecimento e os atrasos nas autorizações empurrarão quase 8 GW de turbinas no mar na região para além da perspectiva de 2032. A projeção indica que a capacidade acumulada offshore na região atinja cerca de metade da meta de 30 GW do governo até 2030.
Na avaliação da pesquisa, uma abordagem contínua de “esperar para ver”, causada pela incerteza econômica e política, resulta num corte relativo de 2 GW no curto prazo em relação às perspectivas de dez anos para o mercado. “A incerteza econômica e política, incluindo orientações pendentes do tesouro americano, fez com que os prazos de desenvolvimento onshore e de repotenciação mudassem, prolongando a desaceleração de 2023 até 2024”, diz Lewandowski.
Já no caso chinês, o relatório aponta que um endurecimento dos requisitos de licenciamento resultou no corte de 12 GW na previsão trimestral. O maior rigor é acompanhado pelo cancelamento de vários projetos que foram classificados como ociosos e taxas de execução lentas, os quais levaram a um downgrade de 12 GW, diminuindo 1,5% em relação ao período anterior. No entanto, as perspectivas onshore para o gigante asiático de 2026 a 2032 permanecem inalteradas em termos trimestrais.”
O levantamento acrescenta ainda que o processo de instalações fotovoltaicas está comparativamente rápido, permitindo aos proprietários de ativos estatais gerir os atrasos na implementação dos aerogeradores, à medida que a nova capacidade solar ajuda a progredir as metas renováveis anuais.