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O crescimento do consumo faturado de energia no Brasil deverá ser modesto em 2024, impactado pela atual relevância da geração distribuída nas áreas de concessão de algumas distribuidoras e pela busca de maior eficiência energética no padrão de consumo no país, o que limita o aumento da geração de caixa das geradoras e distribuidoras. A análise é da agência de classificação de risco Fitch Ratings, a qual aponta que o excesso de oferta de capacidade, redução do risco hidrológico e limitado crescimento da demanda devem manter os preços de geração em patamares baixos, ainda que o fenômeno El Niño possa elevar os valores e os níveis de despacho térmico em algum período durante o ano.

Segundo o levantamento, o aumento esperado para ano que vem é de 1,3%, com o fluxo de caixa livre ainda pressionado por investimentos das empresas e expectativa de manutenção de índices de alavancagem e liquidez em patamares adequados aos ratings. Na maioria dos casos a relação dívida líquida/EBITDA média será relativamente estável, em cerca de 3 vezes. A projeção é que o setor mantenha forte liquidez, beneficiando-se do amplo acesso a fontes de financiamento.

Em dezembro desse ano, das 25 empresas do setor de energia elétrica classificadas pela Fitch com ratings públicos, 80% estavam em Perspectiva Estável, 16%, em Perspectiva ou Observação Negativa, e 4%, em Perspectiva Positiva. O forte perfil de crédito do setor é comprovado por 88% da carteira estar avaliada em ‘AAA(bra)’ ou na categoria ‘AA(bra)’, refletindo a previsibilidade do segmento de transmissão, os contratos de venda de energia de médio-longo prazos das usinas e o monopólio natural das distribuidoras, com repasse às tarifas dos custos não gerenciáveis, como os de compra de energia.