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Para o Instituto Brasileiro do Petróleo e Gás, o texto final da Conferência do Clima da ONU apresentou uma visão clara sobre a necessidade de se fazer a transição energética de modo racional e equilibrado, que não gere mais pobreza energética, o que já é uma realidade em muitos países.

Um tema discutido na COP 28 foi a redução da produção de petróleo e de gás. Segundo o instituto, é importante ressaltar que esse debate deve envolver ainda a redução da demanda por produtos fósseis. Para o IBP, ao olharmos apenas a diminuição da produção sem observar o lado do consumo, teremos um desequilíbrio entre oferta e demanda que gera escassez, afeta preço e, portanto, provoca inflação.

De acordo com o IBP, um dos pontos importantes discutidos foi sobre mecanismos de financiamento, especialmente para que países em desenvolvimento tenham condições de fazer a sua transição energética. Segundo o IBP, é importante disponibilizar recursos em volumes necessários para o desenvolvimento de projetos em diferentes países, respeitando as necessidades locais para o sucesso da transição.

Para Roberto Ardenghy, presidente do IBP, que representou o setor brasileiro de óleo e gás nas discussões na COP 28, neste aspecto o setor de óleo e gás possui um papel importante. Segundo ele, na COP 28, a indústria de petróleo apresentou uma mensagem concreta para a descarbonização das próprias operações; a melhoria da eficiência energética de projetos e, especialmente no Brasil, a importante participação dos biocombustíveis na matriz energética, um segmento no qual o país se destaca com potencial de ser um dos celeiros mundiais de energias renováveis.

A Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica comemorou o texto final da conferência. A ratificação da triplicação das renováveis e a duplicação da eficiência energética até 2030 foram saudadas pelo Conselheiro Rodrigo Pedroso, que representou a associação em Dubai . Mas a citação dos combustíveis fósseis sem ‘phase out’ ou outro tipo de diretriz foi criticada por ele.

Para Pedroso, esse é um assunto que deverá estar na pauta da COP 29, em Baku, na Azerbaijão. O conselheiro acredita que o Brasil não pode em 2024, com a reunião do G-20 e em 2025, com a COP 30 – que serão realizadas no país – perder a oportunidade de se mostrar ao mundo. Ele conta que, durante a conferência do clima, muitos países desenvolvidos ou em desenvolvimento confessaram querer ter a renovabilidade da matriz brasileira. “Pela primeira vez temos condição de sair da carteira e passar para a lousa, ensinando ao mundo como fazer a transição energética e exigir uma transição energética justa”, aponta.