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A Eletronuclear entregou o relatório final da terceira Reavaliação Periódica de Segurança (RPS) de Angra 1 à Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), mais de dez dias antes do prazo estabelecido pelo órgão. A documentação, que agora passa pela avaliação da CNEN, é produzida pela empresa a cada dez anos para assegurar que a usina continue operando com eficiência e segurança. Dessa vez, o material tem como foco o processo chamado de Long Term Operation (LTO) – em português Operação de Longo Prazo.
Entre os itens analisados neste documento, estão o desempenho de segurança, planejamento de emergência e impacto radiológico no meio ambiente, sistema de gerenciamento e cultura de segurança, qualificação de equipamentos e o uso da experiência de outras usinas.
A Eletronuclear estabeleceu, como um dos seus principais projetos institucionais, a obtenção da renovação da Licença de Operação de Angra 1, solicitada à CNEN oficialmente em 2019. A atual vigência do documento termina em dezembro de 2024. Pensando nisso, a empresa vem desenvolvendo uma série de medidas e avaliações técnicas. Como consequência, será possível manter a capacidade de geração de energia elétrica de uma fonte limpa e segura, sem a necessidade de construção de um novo empreendimento.
Já foram realizados avanços significativos visando preparar a usina para operar por mais 20 anos. Entre eles estão a troca dos geradores de vapor, aplicação de sobrecamada de solda – conhecida como weld overlay – nos bocais do pressurizador, troca da tampa do vaso de pressão do reator e substituição dos transformadores principais. Também foram implementados alguns programas, como o gerenciamento da obsolescência, além de inspeções e manutenção de estruturas de concreto.