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A provedora de serviços de telecomunicações paranaense Ligga e o grupo gaúcho Ludfor Energia firmaram parceria para atuar no ambiente livre. A aliança traz para o setor um segmento considerado exemplo de mercado aberto e competitivo. O objetivo da união é alcançar consumidores da alta tensão elegíveis para migração, valendo-se da capilaridade da Ligga junto a esse tipo de cliente e da expertise da Ludfor na comercialização e gestão de clientes.

A Ligga é sucessora de duas ex-estatais de telecom: a Sercomtel, de Londrina, e a Copel Telecom. A companhia oferece banda larga por fibra ótica, redes e data center. De acordo com Rafael Marquez, CRO da Ligga, a estratégia é se apresentar como um marketplace de soluções pra o mercado corporativo, agregando outros produtos para os clientes. Ele salienta que cada vez mais o mercado de energia está ficando aberto e parecido com o de telecomunicações. “Não tinha muita opção de escolha, você não sabia como era seu consumo e não conseguia discutir muito a conta. Agora você começa a ter opção”, explica.

O CEO da Ludfor, Douglas Ludwig, conta que o grupo já é a segunda maior empresa de gestão de energia em todo o Brasil, com participação expressiva na região Sul e que a parceria vai permitir que o cliente seja atendido pela estrutura comercial da Ligga, dona de grande alcance. “Ela pode estar trazendo uma solução adicional já para os seus clientes que não é só a internet, mas uma redução de custo na energia elétrica”, avisa.

Ludwig ressalta o ineditismo da parceria, considerada de vanguarda, ao buscar o melhor para o consumidor. A sinergia entre o setores de telecom e comercialização de energia vem sendo especulada no setor, devido ao forte alcance do primeiro e do potencial com a abertura de mercado do segundo.

A Ludfor vai operacionalizar a migração da entrada da empresa no ACL. Segundo o executivo, ainda há cerca de dez mil unidades no Paraná no mercado cativo que poderiam migrar e desse número, grande parte já são clientes corporativos da Ligga.

O foco da parceria está nos clientes da Ligga com faturas acima de R$ 10 mil. Muitos ainda não tinham conhecimento da adesão ao mercado livre e de acordo com Marquez, se mostram impressionados com as vantagens apresentadas por meio da modalidade varejista. ” Estamos trazendo uma novidade, uma surpresa positiva. É muito trabalho educativo, de apresentar uma novidade”, revela.

Ludwig cita como desafio a ‘evangelização’ do consumidor e entender o seu comportamento energético de modo que a migração para o ACL seja plena e não traga fatores inesperados. “Para nós falar de energia é o nosso dia a dia, mas muitas vezes para uma empresa pequena é só mais uma conta. “, observa. Por conta disso, ele frisa a vantagem de um parceiro como a Ligga, que já oferece vários serviços.

Marquez também destaca o desconhecimento sobre o ACL como desafio, mas faz um paralelo com o setor de telecomunicações. Duas décadas atrás, a competição era reduzida e havia o temor da mudança de operadora. Hoje a evolução do mercado já dirimiu esse aspecto e isso não é mais considerado um entrave.

Em outubro, a Ligga Energy lançou energia por assinatura para clientes empresariais e residenciais. O serviço não tem taxa de adesão e oferece potencial de redução de até 20%. A contratação é simplificada e é feita por meio totalmente digital. Usinas de Cooperativas geram energia limpa e a direcionam para a concessionária local. Em seguida, os créditos são redistribuídos para a conta de luz do consumidor.

Para Marquez, a digitalização na comercialização é um caminho irreversível. Segundo ele, o consumidor já tomou gosto por comprar online e com a energia não será diferente. Ele dá como exemplo a energia por assinatura da Ligga, cujo processo é feito dessa forma. Mas ele frisa que as vendas consultivas continuarão, já que os maiores clientes ainda vão demandar esse tipo de contato.