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A Thymos Energia estima um reajuste médio de 4,8% na conta de luz dos brasileiros em 2024. Segundo o estudo, o acréscimo será menor do que nos anos anteriores, trazendo certo alívio aos consumidores. Em 2023 e 2022, as taxas médias foram de 10,85% e 12,96%. Diversos fatores impactam na atualização das novas tarifas, como custos operacionais, de contratação, transporte da eletricidade e encargos que incidem de diferentes formas em cada região.
De acordo com a análise, a atualização dos índices médios de 2024 abaixo de anos anteriores é consequência principalmente dos valores muito baixos do Preço da Liquidação das Diferenças (PLD) ao longo desse ano, permanecendo durante quase todo período no piso mínimo estabelecido. O custo da energia no mercado de curto prazo impacta também os valores de médio e longo prazo.
Além disso, a hidrologia favorável e o bom desempenho das renováveis fez com que a energia em 2023 fosse abundante, não precisando recorrer às usinas utilizadas como reservas do sistema, mais custosas, numa oneração que não deve acontecer nas tarifas do ano que vem.
O levantamento da Thymos aponta que a conta de luz na região Sul deve ter os aumentos mais elevados, em torno de 7,6%. No Norte, a média será de 6,7%. Já Sudeste e Centro-Oeste vão ter elevação média de 4,7%. O menor índice será aplicado em localidades do Nordeste, com previsão de 1,95%. A diferença entre os valores acontece pelos custos de transmissão e distribuição de energia, diferentes a depender do subsistema, por diferenças de mercados e presença ou não de contratos com usinas cotistas.
Por fim, a publicação atenta para o crescimento do orçamento da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), que conforme a proposta da Aneel em consulta pública, deve crescer para R$ 37,2 bilhões em 2024, ante a R$ 34,9 bilhões nesse ano. Outro componente que impactará é a Conta Covid, com cerca de R$ 15 bilhões no contexto da pandemia. O governo diluiu o montante desse empréstimo para que o impacto em 2022 e 2023 não fosse muito expressivo e se dividisse em parcelas na fatura de luz até o ano de 2025.