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Apesar do preço dos módulos fotovoltaicos terem caído na China e os aerogeradores saindo a preços melhores do que na pandemia, a Engie Brasil segue focada em analisar novos negócios a partir de ativos contratados ou linhas de transmissão. “Vemos bons sinais para as renováveis mas ainda não suficientes para uma visão otimista no curto e médio prazo quanto ao cenário de excesso de oferta de energia, apesar da demanda começar a crescer”, disse o diretor-presidente da companhia, Eduardo Sattamini, durante teleconferência sobre a alienação de 15% da TAG ao CDPQ.
Para o executivo, em algum momento o mercado vai voltar ao equilíbrio e as oportunidades voltarão a aparecer. Sobre a transportadora de gás, Sattamini afirmou que o desinvestimento dos 17,5% restantes de participação no ativo pode acontecer no futuro, mas não é algo nesse momento no radar da companhia.
Segundo o diretor financeiro, Eduardo Takamori, a transação que deve ser concluída em janeiro de 2024, vai gerar um caixa de R$ 3,1 bilhões, e por outro lado, aproximadamente R$ 500 milhões em impostos.
Sobre a possibilidade da empresa retornar a ter um payout de 100% no ano que vem, Takamori disse não acreditar nessa efetivação, ressaltando que, ao menos no curto prazo, a melhor destinação dos recursos é o reinvestimento. “Temos boas expectativas de desembolso de capital nos próximos dois anos para cumprimento dos projetos, o que irá requerer R$ 14 bilhões”, conclui.