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A agência de classificação de risco Fitch Ratings entende que o desinvestimento de 15% de participação na Transportadora Associada de Gás traz um pequeno alívio à alavancagem financeira da Engie Brasil. A análise pondera “algum” fortalecimento na estrutura de capital e liquidez para a companhia realizar relevantes investimentos previstos até 2025.
A avaliação considera que a entrada de recursos não implicará maior pagamento de dividendos, estimado em torno de 75% do lucro líquido. As duas empresas são classificadas com IDRs (IRatings de Inadimplência do Emissor, em português) de Longo Prazo em Moedas Estrangeira e Local ‘BB+’ e ‘BBB’, respectivamente, e com Rating Nacional de Longo Prazo ‘AAA(bra)’, todos com Perspectiva Estável.
Ao final da transação, que deve estar concluída ainda este mês por R$ 3,1 bilhões E com entrada líquida de caixa de R$ 2,6 bilhões após impostos, a multinacional francesa permanecerá com 17,5% de participação na TAG, continuando no acordo de acionistas e recebendo dividendos, estimados em torno de R$ 300 milhões anuais.
Segundo a Fitch, o novo patamar de alavancagem financeira permitiria ligeira ampliação do rating headroom da Engie Brasil. Atualmente, a sensibilidade de rebaixamento do IDR em Moeda Local é de 3,5 vezes. Em base pró forma, a Fitch projeta que a relação dívida líquida/EBITDA, ajustada segundo critérios próprios, ficará em 3,2 vezes ao final de 2024 e 3,3 vezes em 2025, um pouco abaixo do índice do cenário-base anterior, de 3,4 vezes nos dois anos.
Os cálculos para a nova projeção consideram EBITDA da Engie Brasil de R$ 6,6 bilhões em 2024 e R$ 6,9 bilhões no ano seguinte, além do efeito de R$ 3,2 bilhões da aquisição da Atlas Renováveis e dos investimentos de R$ 10,7 bilhões no biênio. A transação também reforça a liquidez para fazer frente a uma dívida de curto prazo de R$ 2,4 bilhões e a um fluxo de caixa livre (FCF) estimado de R$ 5,1 bilhões negativos para 2024.