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A recém mudança de comando da  Associação Brasileira das Empresas Geradoras de Energia Elétrica não foi meramente administrativa. A eleição da ex-secretária executiva do MME, Marisete Pereira para liderar a associação tem um fim de mudança de posicionamento. Durante entrevista no CanalEnergia Live desta quinta-feira, 11 de janeiro, a executiva afirmou que a entidade terá um papel importante e quer estar no centro das discussões do rumo do setor elétrico. Um dos sintomas que mostram essa disposição é a aprovação da mudança da sede da entidade, que ficava tradicionalmente em Belo Horizonte (MG) para a capital federal, Brasília (DF)

A executiva avaliou na entrevista que o momento no setor é de grandes desafios que acabarão trazendo oportunidades de reposicionamento para a associação. Em decorrência de sua experiência no MME como secretaria-executiva na gestão de Bento Albuquerque e outras funções dentro do ministério, lhe permite conferir que as contribuições técnicas e estudos de associações tem grande valor na formação de políticas públicas. “É isso que entendo como um papel da Abrage, muito importante nesse momento de novo modelo setorial”, observa. A íntegra da entrevista está disponível ao clicar na imagem abaixo.

Além da reaproximação com as instituições do setor, a comunicação com a sociedade também está nos planos da nova líder da Abrage. Segundo ela, eólicas e solares estão se sobrepondo e afastando das UHEs a chance de mostrar a importância dos recursos hídricos e usos múltiplos. Um reforço na equipe da associação também foi prometido na nova gestão, de forma que haja uma inteligência para contribuir com os desafios, tecnologias e diversificação que o setor elétrico passa hoje.

A transição energética aparece como oportunidade. Os serviços ancilares, o vertimento turbinável e aprimorar o Mecanismo de Realocação de Energia são alguns dos desafios que Marisete Pereira relacionou na entrevista. ela considera que as UHEs estão bem no movimento da transição energética, faltando a construção de regras que que reconheçam os recursos que as usinas entregam ao sistema e a sua importância. “No parque gerador são 103 GW de uma energia despachável, flexível e barata. Precisamos trabalhar de fato na regulação que reconheça essa valoração”, comenta.

O crescimento dos subsídios no setor foi um ponto que a ex-presidente da Abrage destacou na entrevista. Para ela, a prorrogação de descontos podem trazer impactos na expansão e na sustentabilidade do setor. Os números de pedidos de acesso são altos, mas a economia não cresce, o que impediria o aumento da demanda, o que leva a impactos no preço e na expansão. “Isso para o sistema é um problema de risco e de segurança. O subsídio precisa ser enfrentado pelo executivo e legislativo”, aponta.

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