Olá, esse é um conteúdo exclusivo destinado aos nossos assinantes
Cadastre-se GRATUITAMENTE ou faça seu LOGIN e tenha acesso:
Até 5 conteúdos
fechados por mês
Ficar por dentro dos cursos e
eventos do CanalEnergia
Receber nossas newsletters e
mantenha-se informado
sobre o setor de energia.
Notícias abertas CanalEnergia
ou
Já sou cadastrado,

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou após encontro com o presidente do Paraguai, Santiago Peña, que tem muito interesse em que a revisão do Anexo C do Tratado de Itaipu seja feita o mais rapidamente possível. Ele reconheceu que há divergências entre os dois países em relação à tarifa da energia da usina e anunciou que vai visitar Peña em Assunção para que ambos possam continuar as tratativas em busca de uma solução definitiva para a questão.

Lula acrescentou que está disposto a encontrar uma solução conjunta, que beneficie o Brasil e o Paraguai. “Nós temos que fazer uma discussão profunda sobre o Anexo C. Quando foi feita Itaipu, quando foi feito o tratado, se estabeleceu que ao vencer o acordo 50 anos depois haveríamos de fazer uma revisão,” destacou nesta segunda-feira, 15 de janeiro, após a reunião no Palácio do Itamaraty, em Brasília.

O anexo que trata das condições comerciais do tratado da usina venceu em 13 de agosto do ano passado, quando a dívida da construção de Itaipu Binacional foi completamente amortizada. As novas condições de venda da energia de Itaipu, que hoje tem grande parte absorvida pelo Brasil, tem sido discutidas pela diplomacia de ambos os países.

“Acho que nós poderemos terminar o nosso mandato tendo construído a melhor relação que o Brasil já teve com o Paraguai e do Paraguai com o Brasil. Uma relação de respeito, uma relação que dê ao Paraguai a mesma oportunidade de crescer o próprio país. E que o Brasil, não se trata de ser generoso, o Brasil tem obrigação de contribuir para que o Paraguai possa utilizar todo o potencial da energia produzida em Itaipu para o crescimento do Paraguai” , afirmou Lula.

Ele lembrou que em seu dois primeiros mandatos manteve um bom diálogo com os presidentes paraguaios. E resolveu construir uma linha de transmissão até a capital do país vizinho, na gestão do presidente Fernando Lugo, porque considerava inexplicável, como presidente, aceitar que todo dia faltasse energia em Assunção, com o Paraguai tendo 6.000 MW à disposição para vender para o Brasil.

Peña classificou a conversa com o colega brasileiro como sincera e aberta, com uma missão construtiva. Disse que trataram de muitos temas, e que ele transmitiu a visão do Paraguai e escutou a posição do Brasil sobre Itaipu.

O dirigente paraguaio foi empossado em 15 de agosto do ano passado, mas visitou Lula ainda como presidente eleito. Hoje, ele disse que desde o começo deixou claro que o Brasil é o maior parceiro de seu país. “O Paraguai, hoje, tem a presidência pro tempore do Mercosul e o presidente Lula tem a presidência do G20, e esses os espaços são muito importantes, e, para nós, trabalhar junto com Brasil é uma prioridade.”

Para o presidente paraguaio, a missão do acordo de Itaipu foi a construção, a operação e o pagamento da dívida de construção da hidrelétrica, objetivos que foram atingidos. Ele lembrou que é uma das maiores UHEs do mundo, e o maior desafio dessa geração é a geração de energia elétrica sustentável.