fechados por mês
eventos do CanalEnergia
mantenha-se informado
sobre o setor de energia.
Ter um plano estratégico e a capacidade de cumpri-lo foram fatores que pesaram a favor da Matrix Energia na obtenção do financiamento de R$ 168,3 milhões junto ao BNDES. Os recursos serão usados para alavancar usinas solares de GD nos estados do Paraná, São Paulo e Mato Grosso. Em entrevista à Agência CanalEnergia, o CFO Federico Marsano salientou que a empresa já vinha se preparando para esse momento, com um trabalho desenvolvido pela equipe interna de análise.
A solidez da Matrix, que termina o ano com indicador de dívida líquida negativa, foi outro fator positivo citado por Marsano. Controlada pela DTX e Prisma Capital, foram iniciados em 2022 investimentos em Geração Distribuída em linha com a estratégia. “O investimento é relevante porque também mostra o compromisso dos acionistas de ser uma companhia perpétua”, observa. A sustentabilidade dos projetos e a importância dentro do desenvolvimento e da transição energética facilitaram a comunicação com as partes.
A meta é saltar dos atuais 44 MWp em operação para 120 MWp em ativos de GD no fim do ano. Das usinas que receberão os recursos, cinco já estão em operação e as outras quatro devem estar operacionais até o fim do primeiro trimestre. A empresa não esperou a liberação dos recursos para iniciar os projetos, o que mostra a capacidade de execução. Para o CFO da Matrix, o financiamento dos ativos mostra a mudança de estratégia, sendo uma empresa de clientes e que fornece soluções aos próprios clientes.
Marsano, que comemora o êxito da operação, conta que a Matrix também já conseguiu fazer uma captação de debêntures verdes, que vai auxiliar a expansão da companhia. Segundo ele, essa operação, que teve o UBS BB como estruturador, é um dos sinalizadores da credibilidade financeira alcançada. “Demonstra que a companhia é bancarizada, tem recurso e solidez para suportar o próprio ciclo de investimentos”, avisa.
Apesar da captação com o BNDES ser a primeira da Matrix, Marsano não considera que o processo tenha sido dificultoso ou com obstáculos perante as regras e exigências do banco. Mas ele novamente elogia o trabalho da equipe interna nesse primeiro financiamento e avalia que as operações subsequentes acabarão recebendo um impacto positivo por conta da execução do primeiro. “Conseguimos adquirir muito conhecimento por esse primeiro processo”, aponta.
Em setembro do ano passado, a Matrix Energia anunciou a obtenção do rating de emissor ‘A’ da Standard & Poor’s, com perspectiva estável. A comercializadora foi a primeira a obter a nota. Na ocasião, o diretor de comercialização Guilherme Hanna frisou que o rating dava uma posição de destaque no mercado para a Matrix e reforçava a sua credibilidade.