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O fenômeno climático La Niña deve dar as caras no segundo semestre, com mais destaque a partir do período úmido. Na coluna Climatempo do CanalEnergia Live desta quarta-feira, 24 de janeiro, a meteorologista Marcelly Sondermann reforçou ainda que o fenômeno El Niño mantem a tendência de enfraquecimento agora no início do ano, culminando com seu fim a partir de março. “Cada vez aumenta  mais a probabilidade, a cada rodada dos modelos”, avisa. De acordo com ela, já há uma probabilidade de ocorrências pro conta do fenômeno no fim de agosto, uma vez que geralmente no outono e no inverno tanto a La Niña quanto o El Niño não tem impactos significativos.

Ainda de acordo com a meteorologista, uma característica que a La Niña geralmente traz é o atraso do início do período úmido. Os efeitos mais recorrentes do fenômeno são relacionados às chuvas e alteração de temperaturas. No Brasil, aumento de chuvas no Norte e Nordeste. “Tem chuvas acima da média e temperatura abaixo da média”, explica. No Sul, são menos chuvas com fortes secas na região Sul. Nos principais reservatórios do Sudeste, como o rio Paraná, não há uma relação exata com as chuvas, mas há mais corredores de umidade e zonas de convergências.

Veja o CanalEnergia Live desta quarta-feira, 24 de janeiro:

A La Niña – que tem ocorrência em intervalos que variam entre dois e sete anos – se caracteriza pela queda na temperatura das águas do Oceano Pacífico. El Niño e La Niña são considerados fenômenos opostos, já que enquanto no primeiro a água do oceano esquenta e no segundo, resfria. No setor elétrico, também é motivo de atenção, por trazer mais chuvas e impactando no preço da energia. O El Niño traz mais impactos mais severos ao setor, por conta da ausências de chuvas, ao contrária do seu adverso.