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A Thymos Energia acredita que as variações nos preços de energia e a redução de Capex, principalmente em solar, deverão refletir nos preços de PPAs. “Esperamos que 2024 seja consideravelmente melhor que 2023. Essa combinação de preço e capex acaba refletindo em PPAs e o investidor não captura essa queda porque é um mercado muito competitivo para as empresas tradicionais de geração, pois elas tem metas de investimentos”, disse o managing director da Thymos Capital, André Fonseca.
O executivo ainda afirmou nesta quarta-feira, 24 de janeiro, que o mercado está observando o preço do PPA caindo e da energia no spot dando algum soluço. “Isso demonstra que esse cenário de preço baixo não vai durar muito tempo e existe uma oportunidade de ser capturada assinaturas de contratos de longo prazo e eles viabilizam o desenvolvimento dos projetos greenfields em solar e eólica”, disse.
Já o COO da Thymos Energia, Alexandre Viana, destacou que o preço spot de fato ainda segue estruturalmente baixo, mas teve soluços no final do ano passado. “Acreditamos que no segundo semestre desse ano também deva ter, especialmente no final do dia e começo da noite, pois pela composição da matriz ser cada vez mais solar e a eólica começa a gerar mais tarde e ai você tem um gap ali que entra com hidrelétrica ou com térmica quando necessário, então deve ter uma maior volatilidade nesses horários no segundo semestre e o mercado já começou a precificar”, explicou.
Ele ainda ressaltou que isso tudo acabou motivando grandes consumidores já olharem com mais cuidado para as posições de compras, especialmente de anos mais na frente porque pode ser que o preço a partir de 2025 e 2026 deixe de ser estruturalmente tão baixo e comece a ser mais alto.
Quando questionado em relação a autoprodução, Viana pontuou que o mercado tem olhado nos últimos dois anos com um pouco de receio, pois pode ser que alguma regra o torne menos atrativo. “Os consumidores vivem em ciclos onde em alguns momentos eles aceleram, param quando vêm que o assunto arrefece e aí quando o assunto ganha corpo de novo, eles aceleram, então é bem perceptível que a gente vive em ciclos. Felizmente o Brasil é um país que respeita contrato e uma vez que você tenha um contrato assinado”, disse. Ele ainda finalizou dizendo que o soluço de preço e a expectativa que vai ser estruturalmente baixo, com alguma volatilidade, a partir do segundo semestre e a partir do ano que vem e isso tem atraído mais consumidores a olhar esse tipo de coisa.