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A carga no Sistema Interligado Nacional deve subir 5,5% em fevereiro. Dados apresentados na reunião de fevereiro do Programa Mensal da Operação, realizada pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico nesta quinta-feira, 25 de janeiro, mostram que o percentual está abaixo dos 6,5% previstos na revisão do programa e dos 5,8% do planejamento 2024-2028. A expectativa é que em março a carga cresça 3,6%, sem alterações em relação as previsões anteriores. Para 2024, o ONS prevê um aumento de 3,2% na carga, abaixo dos 3,5% da expectativa do planejamento 2024-2028.

No Sudeste/ Centro-Oeste, a variação deve chegar a 4,5% em fevereiro, abaixo dos 5,7% previsto na revisão do Programa Mensal da Operação, mas similar ao esperado no planejamento 2024-2028. Em março, a expectativa é de aumento na carga de 3,6%, em linha com o estimado no planejamento,. Para o ano, a carga no subsistema cresce 2,7%, percentual pouco abaixo dos 3,1% do planejamento.

Na região Sul, a carga cresce 2% em fevereiro. O valor ficou abaixo da segunda revisão do PMO e do PLAN 2024-2028, que esperava um crescimento de 3,8%. Os impactos do El Niño fizeram com que a carga não crescesse. Em março, foi mantida a estimativa de recuo de 2,4%, previsto no planejamento. O valor vem em função de março do ano passado, quando temperaturas elevadas levaram a um forte aumento na carga. Já em 2024, a carga no subsistema deve crescer 2,7%, inferior aos 3,2% anteriormente projetados.

Na região Nordeste, haverá um crescimento de 8,2% na carga em fevereiro. A previsão corresponde ao que o planejamento e a revisão sinalizavam. As temperaturas acima da média e o nível de precipitações no interior embasam a estimativa. Em março, a carga deve variar 7,1%, valor também de acordo com o planejado. Em 2024, não há alterações na variação da carga no Nordeste, que fica em 3,6%.

No subsistema Norte, não há alterações nas previsões. Para fevereiro, a subida é de 14,5%, a mesma esperada no planejamento e na revisão. O subsistema vem sentindo os efeitos da retomada da carga de um consumidor livre desde 2022. Em março, a variação fica em 10,3%, em linha com as outras estimativas anteriores. Para 2024, a oscilação da carga deve ser positiva em 6,2%.

No período de 20 a 25 de janeiro, o despacho por fonte de geração mostrou que as renováveis foram  92% do total . Desse total, 70% era oriundo de UHEs e 22% de renováveis não despachadas, sendo que a geração distribuída teve 6% . As UTEs tiveram  8% do restante do despacho.

Os testes para importação de energia da Venezuela devem ser realizados em fevereiro. Havia uma expectativa que a importação já começasse em janeiro. Outro destaque é que na primeira quinzena de fevereiro, ocorrerão mais chuvas na bacias dos rios Tocantins e São Francisco e na região Sul, as chuvas serão acima da média. Já no Sudeste as chuvas devem ficar abaixo do registrado nos últimos anos.

A perda de força do El Niño e a chance do fenômeno oposto La Niña aparecer também foram citados durante apresentação na reunião. Apesar da forte chance de ocorrer, ainda haveria uma distância de muitos meses para prognóstico dos impactos.

Até abril, as temperaturas ficam acima da média no Brasil. Os modelos mostram divergência sobre as precipitações no período, mas há consenso que o Nordeste tenha chuvas acima da média.

As faixas de operação para hidrelétricas com base em resoluções da Agência Nacional de Águas dos últimos anos indicam que as UHEs Três Marias e Sobradinho (Res. ANA 2.081/2017) serão motivo de atenção em fevereiro. Em março, o estágio da normalidade retorna à operação. Na demais usinas, como Serra da Mesa (Res. ANA 70/2021), Jurumirim, Chavantes e Capivara (Res. ANA 132/2022), a operação é normal nas semanas operativas de fevereiro.