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Um relatório da Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês) mostrou que o Brasil representará 90% de um total de 50 GW de energia solar distribuída previstos para serem instalados na América Latina até 2028. “Não é energia que o sistema está precisando e a flexibilidade vai precisar para dar conta desses 50 GW”, disse o CEO da Auren Energia, Fábio Zanfelice.
Ele destacou que o Brasil tem duas características que são muito importantes para essa flexibilidade e para o futuro das baterias: a hidrelétrica e a interconexão. “As soluções de baterias no mundo são aplicadas de duas formas, primeiro que eles não tem reservatórios como a gente tem e as vezes as interconexões que fazem com que os cursos se compensam ao longo de forma instantânea”, disse o presidente da companhia durante o Latim America Investment Conference (Laic), em São Paulo.
O executivo também afirmou que o Brasil consegue passar pelo processo de queda nos preços das baterias e elas deverão ficar mais competitivas daqui a 10 anos. “Depois desse tempo eu acho que o país pode se aproveitar do amadurecimento da tecnologia e realmente instalar essas baterias quando ela for viável”, destacou. Zanfelice ainda disse que existem pequenos gargalos com falhas no sistema em algumas situações específicas onde a bateria realmente vai funcionar, mas que não é o grande solucionador para flexibilidade do sistema.