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A COP 28, que foi realizada no final do ano passado em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, contou com a participação de mais de 200 países. Assim como essa conferência foi um marco importante na luta contra as mudanças climáticas, o mesmo ocorrerá em Belém, em 2025. Um evento no Brasil e no meio de uma das maiores florestas tropicais do mundo. Para o presidente da Associação Brasileira de Geração Distribuída (ABGD), Carlos Evangelista, a COP 30 é uma oportunidade fantástica e o Brasil pode mostrar a sua liderança em energias renováveis.

Contudo, o vice-presidente da NSI Energia e conselheiro da ABGD, Aurelio de Souza, destacou que Belém necessitará de grandes investimentos. “Entre os setores estão: infraestrutura, melhorias na logística terrestre e fluvial, mobilidade sustentável, construção, reforma e ampliação de meios de hospedagens, acesso à energia limpa e renovável, gestão de resíduos, inclusão social e desenvolvimento de uma bioeconomia circular, treinamento e formação de mão de obra, dentre outras ações. Hoje cerca de um milhão de pessoas ainda estão no escuro”. Ele ainda pontuou que é necessário ações e dinheiro para sediar a COP e esse orçamento está nas mãos do governador.

Para a ABGD, a COP30 no Brasil representa uma oportunidade para a sociedade civil ter uma participação mais ativa, visto que acontecerá em uma região sensível do ecossistema da Amazônia Legal onde a atuação de organizações privadas sem fins lucrativos é bastante expressiva.

Segundo Aurelio de Souza, a transição energética justa é um processo que busca garantir que todos os países e pessoas sejam beneficiados com a transição para uma economia de baixo carbono. “Isso significa que as comunidades que dependem dos combustíveis fósseis para sua subsistência devem ser apoiadas para se adaptarem à mudança”. Ele ainda citou que essa é exatamente a situação em diversas comunidades na Amazônia Legal, a dependência, exclusiva em muitos casos, de combustíveis fósseis, aliada à necessidade de desenvolver uma bioeconomia circular que apoiam a manutenção dos serviços ambientais.

De acordo com o executivo, o sistema isolado (SISOL) da região Norte é grande consumidor de diesel, chegando a ser uma dicotomia, uma das florestas mais ricas e de maior biodiversidade do planeta, ser eletrificada por quase 180 geradores acionados 100% a diesel.

“O consumo de diesel continuará elevado, com projeção de despesas de R$ 11,95 bi provenientes da conta combustível comum (CCC). Para 2024, a estimativa da EPE é de um consumo de 1,6 bilhão de litros de diesel”, declarou. Entretanto, ele destacou que houve uma redução de carga de 5,4% em comparação a 2022, atribuída a renováveis.

Voltando a COP 28, o evento finalizou com o consenso de “acelerar o abandono global dos combustíveis fósseis durante esta década, a ser realizada de uma forma justa, ordenada e equitativa”. Também foi acordado em não mais adicionar dióxido de carbono na atmosfera até meados deste século (2050). A COP 28 também abordou outras questões importantes relacionadas à transição energética, como o financiamento climático, a associação entre natureza e saúde, e a mobilização para uma COP mais inclusiva nos próximos eventos.

Além das decisões oficiais, a conferência também foi palco de uma série de iniciativas e compromissos individuais de países, empresas e organizações da sociedade civil. Por exemplo, o Brasil anunciou que se comprometeu a alcançar a neutralidade climática até 2050, e o Reino Unido até 2045.