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A Casa dos Ventos está de olho na fonte solar. A entrada nesse segmento está próxima e deverá se dar por meio da hibridização de projetos eólicos na Bahia e no Rio Grande do Norte. A companhia tem em seu pipeline cerca de 1 GW na fonte, sendo cerca de metade junto a parques eólicos. Está em estudo ainda onde a geradora deverá investir em parques solares no Sudeste/Centro-Oeste, empreendimento viabilizado em leilão do ACR onde foram alocados 5% da capacidade e os 95% restantes serão destinados ao mercado livre. A ideia é de ter esses projetos em operação até o início de 2026.
De acordo com o diretor executivo da Casa dos Ventos, Lucas Araripe, o maior nível de hibridização será naturalmente aplicado nos projetos na Bahia, Babilônia Sul e Babilônia Centro que estão em operação e há uma sinergia natural de ventos noturnos que abrem o espaço para a solar aproveitando a mesma infraestrutura e MUST.
A companhia possui um plano de investimentos que somará R$ 12 bilhões até o final de 2026. Desse montante, cerca R$ 8 bilhões estão em eólicas e R$ 4 bilhões em solar, contando com projetos que já possuem o funding equacionado.
“Temos 300 MW em solares no modelo híbrido já avançados e estamos em negociação com os fabricantes. Os primeiros serão na Bahia, em Babilônia Sul, que está em operação, e Babilônia Centro, que está em construção. Rio do Vento pode ser o próximo”, revelou Araripe em coletiva realizada nesta terça-feira, 20 de fevereiro, na sede da empresa. “O volume depende de cada perfil de vento, na Bahia a capacidade de hibridização é maior do que no Rio Grande do Norte, nesse último o vento é mais constante então não dá para ser tão flexível na geração eólica quando é na Bahia”, acrescentou.
No RN, os ativos que seriam hibridizados são Serra do Tigre e Rio do Vento em uma etapa posterior aos parques baianos. Já o projeto puramente solar deverá ter o local definido em breve pela companhia. Uma coisa é certa, será no submercado Sudeste/ Centro-Oeste. No momento estão sendo avaliadas quatro localidades para um empreendimento entre 400 MW a até 600 MW.
O projeto Babilônia Centro já possui os recursos equacionados em termos de financiamentos. A companhia seguirá o padrão de ter aporte de capital próprio de cerca de 30% e o restante deverá ser obtido de três fontes principais, o BNDES, BNB e também mercado de capitais via emissão de debêntures.
“Tirando o que já temos equacionado e de capital próprio, o restante é financiamento de longo prazo. Desses R$ 12 bilhões devemos buscar de R$ 3 bilhões a R$ 3,5 bilhões via as três fontes de recursos”, comentou.
A perspectiva de investimentos da empresa em novos projetos eólicos soma cerca de 3 GW em potência instalada nos próximos no horizonte de 2026.