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A fabricante de pás eólicas Aeris Energy vê com bons olhos a chegada de players estrangeiros no mercado brasileiro. Em teleconferência realizada nesta quinta-feira, 22 de fevereiro, o presidente da companhia Alexandre Negrão revelou que vem acompanhando a movimentação da concorrência no Brasil e no mundo, o que significa que o mercado local é competitivo. “Seguimos confiantes que a nossa eficiência operacional faz competir de igual para igual”, explica.

Cogita-se no mercado eólico que a chinesa Sinoma Blade virá para o Brasil. A cidade de Camaçari, na Bahia, deve abrigar a fábrica,. Em março, o município assinou protocolo de intenções para instalação de planta e em abril o governador Jerônimo Rodrigues (PT) visitou a empresa em comitiva ao país asiático. O desejo do governo baiano é que a Sinoma tenha 90% do seu quadro do funcionários formado por baianos.

Durante a apresentação a analistas de mercado, o executivo disse ainda da expectativa é de um 2024 difícil no Brasil, mas que o panorama para exportação para regiões que a fábrica mira e são  consideradas emergentes, como a das Américas, é animador no futuro. “O mercado externo deve retomar mais forte que o interno. Devemos ver um retorno da exportação, pouca coisa esse ano e um volume maior em 2025”, observa. Apesar do 2024 desafiador, Negrão segue confiante com a indústria no longo prazo. Os compromissos acertados na COP 28, realizada no fim do ano passado, em favor da intensificação da capacidade renovável global, também aumentam a confiança.

Segundo o presidente da fabricante de pás, a faixa de preços de R$ 190/ MWh a R$ 200/ MWh para os projetos eólicos é considerada sustentável para a indústria. Mas o executivo pondera que o custo de capital das empresas é um fator preponderante na alavancagem e estruturação financeira. Outro fator de melhora no ambiente salientado por ele é a extensão dos descontos na Tust e Tusd, que está em negociação no Congresso. “Se isso ocorrer vai gerar um ganho extra de demanda para o mercado”, comenta.

A fabricante também tem acompanhado de perto o desenrolar da regulação das eólicas offshore no Brasil e acredita que ao longo do ano deve haver uma definição. Para Negrão, Petrobras e governo tem enfatizado o potencial da indústria da eólica offshore, o que lhe dá confiança para que o conteúdo local seja favorecido como foi na eólica onshore. “Vamos nos posicionar muito bem para que possamos capturar grande parte desse mercado quando ele vier”, avisa.