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O Brasil pode ser tornar uma potência do aço verde. A conclusão é da E3G na elaboração do perfil do Brasil no relatório Raising ambition on steel decarbonisation: The 2023 E3G Steel Policy Scorecard  e que contou com apoio do Instituto E+ Transição Energética.  Foram analisados 11 países e seu posicionamento nesse segmento da economia. No relatório, são indicados a grande disponibilidade de energia limpa e de minério de ferro brasileiros que podem colocar o país nesse papel de liderança. A contribuição do think tank brasileiro destacou as condições da indústria siderúrgica nacional contribuir na descarbonização do setor globalmente.

O relatório destaca que o Brasil gerou quase 93% da sua eletricidade a partir de fontes limpas em 2023. E aponta que o potencial remanescente de energia renovável pode alimentar as aspirações do país para a reindustrialização verde. “O país precisa de incorporar a descarbonização do aço no seu esforço para ser uma potência verde. Como Presidente do G20 em 2024, pode impulsionar uma agenda para acordos internacionais e clubes de compras de aço verde”, afirma a entidade em seu relatório. Em geral, a avaliação é de que o país tem um perfil único na indústria siderúrgica.

A liderança do Brasil no G20 pode ajudar o país nessa agenda, por meio do convencimento de outros países para que também participem desse processo.

Para tanto, lembra o Instituto E+, o Brasil deve promover um ambiente interno propício à atração de investimentos voltados à produção siderúrgica de baixo carbono, estimular a criação de clubes de compras internacionais de seus produtos e estabelecer acordos comerciais nessa direção. Essa visão do E+ tem sido defendida nas interlocuções com o governo brasileiro, no contexto do desenvolvimento do plano de metas de descarbonização da indústria.

De acordo com o relatório, a transição do setor siderúrgico já está em andamento nos principais países do G7. Nesse sentido, nenhum deles está planejando adicionar novas plantas a base de carvão mineral, e vários estão desenvolvendo planos de transição. Por outro lado, há falta de apoio público direcionado a uma mudança efetiva na capacidade instalada que atualmente opera com o combustível fóssil. Além disso, a eficiência e a circularidade dos materiais continuam sendo pouco exploradas.