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O lucro líquido da AES Brasil atingiu R$ 333,3 milhões no ano passado e R$ 112,6 milhões no último trimestre, subindo 4,1% em relação ao ano anterior mas diminuindo em 18% na comparação trimestral. A companhia apresentou suas demonstrações financeiras, atribuindo ao resultado dois motivos principais: base maior de ativos, com maior depreciação, além do saldo da dívida. Foi reportado aumento de 42,5% no Ebitda anual, que chega a R$ 1,6 bilhão. Já a receita operacional líquida totalizou mais de R$ 3,4 bilhões em 2023, subindo 20,6%, enquanto no trimestre o crescimento foi de 28%.

Os custos operacionais e despesas gerais e administrativas ficaram em R$ 660,9 milhões. Excluindo os efeitos não recorrentes, o valor seria de R$ 664,2 milhões, 23,5% acima do registrado em 2022 (também expurgado os efeitos não recorrentes). O resultado financeiro líquido foi negativo em R$ 192,8 milhões no trimestre e negativo em R$ 632,2 milhões no ano. As despesas financeiras somaram R$ 276,4 milhões e R$ 1,1 bilhão, representando incrementos de 45,9% no trimestre e 59,5% no ano. Entre os fatores estão encargos de dívida, atualização monetária de empréstimos e debêntures, além de juros capitalizados.

A dívida bruta consolidada da companhia atingiu R$ 11,7 bilhões, 6,4% superior aos R$ 11 bilhões aferidos em 2022. A dívida líquida ficou em mais de R$ 9 bilhões, crescendo 37,7% na comparação anual. O indicador Dívida Líquida/EBITDA Ajustado consta em 5,31x, marcando o início do ciclo de desalavancagem da empresa, com a entrada em operação parcial dos projetos em construção. Foi recomendada ainda a distribuição de R$ 44,9 milhões em dividendos relativos ao exercício social de 2023, a ser aprovado na Assembleia Geral Ordinária de 22 de abril de 2024. O valor total dos proventos equivale a um payout de 55% sobre o lucro líquido ajustado.

Investimentos e operação

Sobre investimentos, são previstos R$ 1,3 bilhão no período de 2024 até 2028, destinados à modernização e manutenção dos ativos em operação, incluindo o turnaround dos ativos eólicos adquiridos via M&A; finalização da construção dos projetos já contratados e desenvolvimento do pipeline de Cajuína e construção do parque solar AGV VI. O volume aumentou cerca de R$ 400 milhões em relação a previsão inicial da companhia, vendo uma desalavancagem de 4,5x ao final de 2024.

Nos resultados operacionais, a geradora fechou o ano com portfólio de 5,2 GW, sendo 51% hídrico, 42% eólico e o resto de solar. A capacidade dos aerogeradores subiu 827 MW com as obras dos parques Tucano e Cajuína 1, 100% entregues, com Cajuína 2 estando com 94,5% dos trabalhos concluídos. A produção das turbinas cresceu 108% no ano. Os complexos solares registraram geração bruta de 143,5 GWh, redução de 11,1% em relação ao quarto trimestre e 560,6 GWh em 2023, redução de 5,6% na comparação anual. A disponibilidade atual dos ativos é de 99%.

Já a geração das hidrelétricas teve alta de 48%, reflexo do El Niño e manutenção dos reservatórios. Com a maior afluência e recuperação do sistema para níveis acima da média, o volume total de energia bruta gerada pelas UHEs da empresa atingiu 3.239,0 GWh. O GSF foi de 89,7% no ano, contra 85,2% na comparação anual. O Preço de Liquidação das Diferenças (PLD) médio para o submercado SE/CO foi de R$ 72,16/MWh, 4,5% acima do limite inferior da Aneel para o período (R$ 69,04/MWh).

A geradora afirmou que o PLD horário apresentou forte descolamento frente ao piso durante algumas horas ao longo do segundo semestre, o que não ocorria desde setembro de 2022. Para 2024, a Aneel definiu o PLD mínimo em R$ 61,07/MWh. Além disso, foram estabelecidos os valores máximos de R$ 716,80/MWh para o PLD estrutural e R$ 1.470,57/MWh para o PLD horário.

Questionado se haveria alguma previsão de venda para os ativos hídricos descontratados até 2030, o vice-presidente Comercial, Rogério Pereira, disse que sim, que a estratégia da empresa é de firmar contratos de três a cinco anos com dois anos de antecedência, pegando também a volatilidade do mercado para as recontratações. “Desafio é fazer o balanço entre mitigar risco da queda de preço e estar descontratado e por outro lado aproveitar a retomada de preço”, pontua o executivo durante teleconferência ao mercado, afirmando que a partir de 2028 existe bastante espaço para recontratações.

Por fim, a AES Brasil registrou recorde de vendas na comercializadora varejista, firmando contratos com 359 novos clientes a um volume negociado de 34 MWm no ano. Assim, o portfólio na modalidade acumula 447 clientes, totalizando 78 MWm de energia vendida.