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A New Fortress Energy inaugurou seu primeiro terminal de importação de gás natural liquefeito (GNL) no Brasil. Localizado na Baía do Marajó, na altura do município de Barcarena (PA), o empreendimento recebeu aporte de R$ 300 milhões e possui uma capacidade de regaseificação de até 15 milhões de metros cúbicos por dia, equivalente a 22% de toda a demanda de gás natural do Brasil em 2022.
A data de inauguração, essa quarta-feira, 28 de fevereiro, foi determinada após a chegada do navio FRSU Celsius (Floating Storage Regaseification Unit). Vindo de Singapura em 22 de fevereiro, a embarcação é uma unidade de processamento de gás e exibe um comprimento equivale a quase seis piscinas olímpicas (280 metros).
A atuação atenderá principalmente clientes paraenses e da região Amazônica. Entretanto, devido à segurança e à forma como o GNL é armazenado, será possível transportá-lo para regiões distantes que necessitam de energia segura, utilizando o combustível da transição energética. A Hydro Alunorte, principal consumidor na região Norte, substituirá o óleo combustível por gás natural como fonte de energia. Com a mudança, é previsto que as emissões de CO2 diminuam cerca de 700 mil toneladas por ano localmente.
No futuro, o terminal que integra o Complexo Termelétrico Barcarena, também servirá a uma térmica movida a gás natural, atualmente em construção pela NFE, tendo cerca de 25% do empreendimento concluído. Com investimentos de mais de R$ 1 bilhão, a UTE Novo Tempo tem previsão de iniciar sua operação em julho de 2025.
Ao todo o complexo conta com aporte de R$ 2,5 bilhões e financiamento de R$ 1,8 bilhão do BNDES, do quais R$ 1,4 bilhão já foram desembolsados. O projeto foi estruturado no banco, por meio da linha BNDES Finem. A previsão de inauguração da usina é em julho de 2025. A iniciativa abrange ainda a construção de uma linha de transmissão de cerca de 5 km para conexão da usina ao Sistema Interligado Nacional.
Gás, biometano, açai e eletrificação de caldeiras
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, participou da inauguração, citando o programa Gás para Empregar, que visa a destinação do insumo aos setores estratégicos para o país, aumentando também a oferta de biometano e diminuindo o uso de óleo pesado e outros combustíveis com maior pegada fóssil. “Estamos estruturando o setor, tornando-o mais eficiente e garantindo segurança jurídica para atrair novos investimentos para mais competitividade da indústria nacional”, disse Silveira.
A partir do ano que vem, o ministro pontua que o gás também será usado como alternativa ao carvão mineral em uma termelétrica, reduzindo consideravelmente a pegada de carbono tanto da geração de energia quanto dos processos industriais. “Queremos que as caldeiras antigas sejam substituídas por elétricas e que as inovações estudadas para substituir o carvão por sementes de açaí avancem na nova indústria verde”, finalizou Alexandre Silveira.