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A Engie Brasil Energia afirmou nesta quarta-feira, 28 de fevereiro, que a AES tem um bom retorno e pode agregar ao seu portfólio. “Os ativos são bem interessantes e não tenho dúvidas. Não estou dizendo que a gente vai entrar ou não, mas são boas usinas no Sudeste brasileiro e bem posicionadas e eu acho que pode ser que dentro desse processo a gente tenha algum interesse”, disse o diretor presidente da companhia, Eduardo Sattamini.
Durante teleconferência com investidores, o executivo também afirmou que eles vão participar do próximo leilão de transmissão, marcado para março. “Estamos olhando alguns nortes e estudando profundamente para que a gente possa manter os retornos requeridos e adequados. Estamos trabalhando muito na otimização e performance dos nossos ativos”, explicou.
Quando questionado sobre a participação no próximo leilão de capacidade com as usinas Jaguara e Salto Santiago, Sattamini declarou que acredita que o certame não deverá ocorrer em abril desse ano e vê isso como uma possibilidade para preparar e discutir amplamente a participação das hidrelétricas necessárias.
Já com relação a venda de participação na TAG, o executivo declarou que viram a oportunidade no gás como uma forma de participar da transição energética através da substituição de combustíveis fósseis mais poluentes. “Temos uma empresa do grupo que ficou com a participação maior do que a nossa na TAG quando a gente teve a intenção de desinvestir. Então sim, a tendência da Engie Brasil Energia é focar sempre no crescimento dos setores ligados a energia elétrica”.
Hidrogênio verde
Com relação ao hidrogênio verde, Satamini afirmou que a companhia tem trabalhado em alguns desenvolvimentos de H2V, porém ele acredita que ainda é uma indústria muito inicial e sem regulamentação. “Temos buscado discutir isso, pois a sua operação é super positiva também para geração, mas a gente ainda precisa de um arcabouço regulatório que venha facilitar os negócios”, disse.
Ele ainda declarou que estão trabalhando em alguns projetos industriais que podem vir a ser economicamente viáveis, mas que é necessário ter a valorização da redução do custo de carbono. “São coisas que estão andando de forma lenta, mas estamos discutindo e é possível que a gente tenha alguma evolução durante esse ano de 2024”, destacou.