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O Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Rio de Janeiro irá oficiar a Eletrobras por conta da nomeação de Robson Pinheiro Rodrigues de Campos para a Vice-Presidência Executiva de Engenharia de Expansão. O órgão de classe quer saber os critérios adotados pela empresa para escolher um advogado – profissão de formação de Rodrigues – para o cargo e não um engenheiro.
Campos é graduado pela UFRJ. Cursou especialização em Finanças pelo IBMEC e é mestre em gestão pela Universidade de Georgetown. Iniciou a carreira em 1990 na Wärtsilä, onde atuou de 1990 a 2016, ocupando diferentes posições, como diretor executivo de energia para o Mercosul e presidente e CEO da operação brasileira. De 2020 a dezembro de 2023, foi o CEO da operação brasileira de Engenharia e Construção do grupo chileno Sigdo Koppers.
Segundo o conselho regional, a lei 5.194/1966, que regula o exercício das profissões de Engenheiro, Arquiteto e Engenheiro-Agrônomo, é a base para fazer o questionamento. O sétimo artigo define que as atividades e atribuições profissionais do engenheiro, do arquiteto e do engenheiro-agrônomo consistem no desempenho de cargos, funções e comissões em entidades estatais, paraestatais, autárquicas, de economia mista e privada.
O presidente do Crea-RJ, engenheiro civil Miguel Fernández, alega que não irá tolerar a institucionalização do exercício ilegal. De acordo com o conselho, a escolha de um profissional sem formação técnica em engenharia para o cargo evidenciaria uma falta de compromisso com as atividades essenciais da empresa e representa um claro menosprezo aos engenheiros do país. Ainda segundo Fernandez, a decisão desrespeitaria as próprias diretrizes da Eletrobras, que manifesta em seu site compromisso com a ética nas práticas de governança corporativa.
Segundo ele, Creas de outras unidades da federação também vem se manifestando contra a escolha de Rodrigues para o cargo. Santa Catarina, Mato Grosso, Tocantins, São Paulo e Espírito Santo foram alguns dos que já divulgaram notas de repúdio.
Procurada pela Agência CanalEnergia, a Eletrobras não enviou posicionamento até a publicação desta matéria. Assim que o posicionamento for recebido, será inserido.