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Estudo dos Impactos Socioeconômicos das Atividades Nucleares no Brasil, elaborado pela FGV Energia, foi apresentado nesta quinta-feira, 29 de fevereiro, mostra que cada R$ 1 bilhão investidos na energia nuclear no Brasil contribui para um aumento de R$ 3,1 bilhões na produção no país.
O estudo, que teve interface da Associação Brasileira para a Atividade Nuclear, mostra ainda que o PIB nacional tem um benefício de aumento de R$ 2 bilhões. No campo da geração de empregos, há um aumento de 22,5 mil.
O Rio de Janeiro, de acordo com o estudo da FGV, é o estado que mais se beneficia da economia da atividade nuclear, recebendo grande parte dos benefícios. Dos R$ 3,1 bilhões de contribuição para a produção, 68% ou R$ 2,12 bilhões ficam no estado. A contribuição para o PIB fluminense é de R$ 1,6 bilhão ou 80% do total de R$ 2 bilhões. Já a geração de empregos chega a 17 mil vagas, 75% do total.
A unidade da federação, além de sediar as termelétricas nucleares de Angra 1 ( 640 MW) e Angra 2 (1.350 MW), também tem as Indústrias Nucleares do Brasil, em Resende, e a Eletronuclear, que opera as duas usinas. A usina de Angra 3 (1.350 MW), em construção mas com o canteiro parado, também fiará no estado.
De acordo com o presidente da associação, Celso Cunha, os impactos já eram imaginados, mas agora se materializam por conta do estudo. Segundo ele, o retorno de R$ 3,1 bilhões é alto. “Agora temos números, fatos, assinados pela FGV,”, aponta. Ele lembra que o potencial para medicina é um campo de crescimento para a fonte e demanda agilidade, uma vez que o número de exames na área é insuficiente e inferior ao de outros países.
Ainda de acordo com ele, o estudo da FGV enfatiza que as atividades nucleares no Brasil não apenas contribuem para a segurança energética, mas também geram empregos, estimulam o crescimento econômico e posicionam o país como um player estratégico no cenário internacional.
No futuro, os impactos na economia podem ser ainda maiores. Para o superintendente da FGV Energia e coordenador do estudo, Marcio Couto, os pequenos reatores nucleares (Small Modular Reactors) deverão fazer os investimentos aumentarem, substituindo outros tipos de geração. Segundo ele, há vantagens de custo e financeiras. “Os investimentos em geração nuclear devem crescer com o uso dos SMRs de pequena escala”, comenta.
Os reatores modulares de pequena escala tem como principal característica ter menor capacidade de geração de energia (até 300 MWe), enquanto as usinas convencionais produzem pelo menos 700 MWe. Carregam vantagens como ter um menor tempo de fabricação; ser fabricado em módulos; se ajustar a diversas situações e podem ser aplicados em áreas rurais com pouca infraestrutura elétrica. O cenário projetado para 2035 é de que os SMRs estejam respondendo por 20.000 MWe de energia no mundo.