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O consumo nacional de energia em janeiro de 2024 teve um aumento de 9,1% na comparação com janeiro de 2023. De acordo com dados da Resenha Mensal do Mercado de Energia Elétrica, produzida pela Empresa de Pesquisa Energética, este foi o segundo maior consumo mensal, 46.715 GWh, de toda a série histórica desde 2004, inferior apenas a dezembro do ano passado. As altas temperaturas puxaram o consumo nos segmentos residencial e comercial, que apresentaram taxas de expansão de dois dígitos pelo quarto mês seguido.
No segmento residencial, o aumento no consumo ficou em 15,7%, indo a 15.396 GWh. A classe registrou o maior valor e taxa de crescimento desde o início da série histórica da EPE em 2004. As altas temperaturas e ondas de calor puxaram a escalada do consumo nas casas no primeiro mês do ano. Além disso, o combate às perdas e bom desempenho de indicadores econômicos, com queda no desemprego e aumento da renda também favoreceram o consumo. Todas as regiões e estados anotaram expansão do consumo.
Por região, a região Norte, com 23,7%, foi a que mais se destacou, sendo seguida pelo Centro-Oeste, com aumento de 19,9%, Sudeste, que subiu 15,6%, Sul, com variação de 15,1% e Nordeste, com crescimento de 12%. Por estado, 21 apresentaram aumento de dois dígitos. As maiores altas aconteceram no Amapá, com 49,9% e Roraima, com 30,7%.
Na classe industrial, o consumo teve alta de 3,7%. O Sudeste, com 5,1% e o Nordeste, com 4,7%, puxaram o consumo industrial, sendo seguidos por Centro-Oeste e Sul, com altas de 3,1% e 1,3%, respectivamente. Apenas a região Norte, com queda de 0,4%, teve retração. Em janeiro, 20 dos 37 setores monitorados da indústria expandiram seus consumos. Entre os dez setores mais eletrointensivos da indústria, seis consumiram mais. os destaques foram para a metalurgia (+210 GWh; +5,5%) e extração de minerais metálicos (+42 GWh; +5,4%). Por outro lado, as maiores retrações foram observadas na fabricação de produtos químicos (-44 GWh; -2,7%) e no setor automotivo (-37 GWh; -7,3%).
O consumo comercial teve variação de 10,3% em janeiro de 2024 em relação ao anterior e chegou a 8.908 GWh de consumo. As temperaturas acima da média, calor intenso, bom comportamento do comércio e expansão da base de consumidores comerciais influenciaram no aumento. Os setores de hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo; artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria; tecidos, vestuário e calçados e combustíveis e lubrificantes foram os que mais podem ter favorecido a elevação do consumo no mês.
Por região, Sudeste teve 11,9% de aumento; o Norte, subida de 11,4%; no Sul, a variação ficou em 9,8%, o Centro-Oeste teve alta de 9,7% e Nordeste, crescimento de 5%. Entre as unidades da federação, treze tiveram variação da taxa no mês na ordem de dois dígitos. As maiores variações foram no Amapá, com 20,3% e Goiás, de 17,2%.
Por ambiente de contratação, o mercado livre respondeu por 39,6% do consumo nacional de energia elétrica em janeiro, crescendo 8,7% no consumo e 22,4% no número de consumidores, na comparação com janeiro de 2023. Já o mercado regulado das distribuidoras, com 28.211 GWh, respondeu por 60,4% do consumo nacional em janeiro, alta de 9,4%. O número de unidades consumidoras aumentou 1,8% no período, apesar da migração de consumidores para o mercado livre.