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Um estudo feito pela TR Soluções aponta que considerando os preços praticados atualmente, a migração para o mercado livre mostra-se viável na maioria das distribuidoras. A economia para aqueles que escolheram mudar de ambiente de contratação chega a 42% esse é o índice verificado levando-se em conta o breakeven (ponto a partir do qual é mais vantajoso mudar) médio para a energia de fonte convencional e os índices de curva forward da Dcide de 28 de fevereiro último.
Segundo o estudo, no caso da energia de fonte incentivada (i5), os preços estão 47% inferiores ao breakeven médio, cotados a R$ 183/MWh.
De acordo com a TR, essa relação entre os breakevens e os preços negociados no mercado livre é dinâmica, variando semanalmente. Mas, continua, diante das recentes projeções hidrológicas, que indicam a possibilidade dos reservatórios das hidrelétricas atingirem 36% de sua capacidade até julho, conforme sinalizado pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico, a empresa estima uma pressão ascendente sobre os preços atuais, com uma tendência de manutenção desta trajetória de alta.
O breakeven médio para um consumidor conectado a uma tensão de 13,8 kV (A4) na modalidade tarifária Verde, sem modulação no horário de ponta, deverá ser de R$ 259/MWh para energia convencional após os processos tarifários deste ano. Já para a energia de fonte incentivada, esse valor médio sobe para R$ 344/MWh. A TR lembra que esses números são uma média ponderada pelo mercado das 51 concessionárias brasileiras.
Nesse estudo, a TR aponta que para o consumidor cujo perfil de carga apresenta uma modulação de 100% no horário de ponta – ou seja, que se desconecta da rede por três horas nos dias úteis –, o breakeven médio para produto convencional cairia 15%, indo para R$ 221/MWh. No caso de energia incentivada, a redução seria ainda mais significativa, chegando a R$ 246/MWh – uma diminuição de quase 30% na comparação com o valor de um perfil de carga sem modulação no horário de ponta.
A TR ressalta que suas projeções não incorporam eventuais impactos das bandeiras tarifárias. Caso sejam aplicadas, o valor do ponto de equilíbrio deve ser ajustado proporcionalmente ao acréscimo imposto pela respectiva sinalização.
Outro dado destacado é em distribuidoras cuja densidade de carga é baixa, nessas concessionárias a tarifa de uso do sistema de distribuição é mais alta por terem menos consumidores. Para estes, o benefício de migrar para o ACL torna-se mais significativo, explica a TR, especialmente no produto fontes incentivadas.
Hélder Sousa, diretor de Regulação da TR, que assina o estudo recomenda atenção em relação aos encargos de Serviços do Sistema (ESS) e o de Energia de Reserva (EER) que cobrem, respectivamente, os custos do acionamento de usinas termelétricas fora da ordem de mérito e os custos de contratação de energia de reserva.
Ele explica que os valores a serem pagos podem variar de maneira significativa no mês a mês, no ACL. Por outro lado, os consumidores regulados absorvem tais variações por meio das bandeiras tarifárias ou apenas após os processos tarifários do ano seguinte. Essa diferença no formato de cobrança pode impactar o fluxo de caixa de comercializadoras e consumidores.