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A Petrobras fechou 2023 com lucro líquido de R$ 124,6 bilhões, valor 33,8% menor do que o aferido em 2022. Ainda assim, esse é o segundo maior resultado na história da companhia, assim como o Ebitda e fluxo de caixa operacional, os quais somaram R$ 262,2 bilhões e R$ 215,7 bilhões. No documento divulgado ao mercado, as demonstrações financeiras foram atribuídas aos recordes e eficiências operacionais, além da bem-sucedida estratégia comercial para diesel e gasolina.
Em relação aos investimentos, foram US$ 12,7 bilhões alocados no período, crescimento de 29% em relação ao ano anterior. Além disso, a companhia pagou R$ 240 bilhões em tributos à União e demais entes públicos. A dívida financeira teve uma redução de US$ 1,2 bilhão, enquanto a bruta permanece controlada, no patamar de US$ 62,6 bilhões, mesmo após o aumento de US$ 10 bilhões referentes a arrendamentos. Já a líquida consta em US$ 44,7 bilhões, um aumento de 7,7%.
Gás e Energia
No segmento de Gás e Energias de Baixo Carbono, os aportes totalizaram US$ 277 milhões no ano, diminuindo 20,8%. No último trimestre houve aumento de 100% na comparação com o mesmo período de 2022, em função principalmente dos maiores recursos em paradas programadas de unidades térmicas e do avanço no projeto da Unidade de Processamento de Gás Natural de Rota 3, em linha com o cronograma previsto para entrada em operação comercial.
A Receita líquida com gás diminuiu 26,6%, ficando em US$ 5,6 bilhões, em razão de menos despachos termelétricos e do setor não termelétrico, retratando o efeito da abertura do mercado de gás natural e o menor consumo do segmento industrial. Já o item energia elétrica reduziu em 5,3%, ficando com a receita em US$ 657 milhões.
No geral, o lucro bruto dos dois segmentos agrupados foi 19,2% superior ao ano de 2022, principalmente por conta da redução do custo médio de aquisição do gás natural. O lucro operacional aumentou 28,7% em relação a 2022 devido ao maior lucro bruto, tendo sido parcialmente compensado pelas maiores despesas operacionais com impairment e encargos contratuais.
O presidente da petroleira, Jean Paul Prates, afirmou 2023 como o primeiro ano de uma jornada que levará a Petrobras a liderar a transição energética justa no Brasil de forma gradual e consciente. “Vamos gerar valor diversificando nossas operações em negócios rentáveis de baixo carbono e sempre priorizando parcerias”, comentou.
Ademais, a empresa também divulgou que encaminhou à Assembleia Geral Ordinária (AGO), prevista para 25 de abril, a proposta de distribuição de dividendos equivalentes a R$ 14,2 bilhões. Caso haja aprovação, considerando os dividendos antecipados ao longo do exercício, ajustados pela Selic, os dividendos totais do exercício de 2023 totalizarão R$ 72,4 bilhões.