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O volume de contratos de longo prazo de energia renovável (solar e eólica) no ACL foi impulsionado pelos projetos de autoprodução no país, segundo estudo divulgado pela consultoria CELA (Clean Energy Latin America). Dos 23 contratos de longo prazo celebrados no último ano, 20 foram alocados no modelo de autoprodução de energia no ACL.
O estudo mostra que os PPAs celebrados em 2023, que são contratos de longo prazo entre consumidores e geradores de energia renovável que comercializam no mercado livre, equivalem a 969 megawatts médios (MWmédios) contratados, um crescimento de 63% em relação ao ano anterior, quando foram registrados um patamar de 594 MWmédios. Este aumento é especialmente devido a entrada no estudo de três geradores importantes com dados de PPAs assinados em 2023, que não participaram da pesquisa da CELA em anos anteriores.
Segundo a CEO da CELA, Camila Ramos, nos últimos dois anos houve uma maior aposta no mercado livre em projetos de autoprodução, modalidade que viabilizou praticamente todos os PPAs ao longo 2023, inclusive com avanço no modelo de negócios de arrendamento de usinas.
No último ano, o volume financiado por instituições financeiras dos PPAs assinados foi de R$ 5,4 bilhões, de acordo com o relatório da CELA. Já a quantidade de contratos teve uma leve queda, de 27 acordos em 2022 para 23 no exercício seguinte.
Desde a primeira edição do relatório da CELA, em 2013, foram mapeados 140 PPAs de energia eólica e solar de longo prazo no ACL, que representam uma capacidade instalada de 14,3 gigawatts (GW). O acumulado desses contratos equivale a 4.147 MWmédios, sendo 2.431 MWmédios de energia solar e outros 1.717 MWmédios de energia eólica.