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Um dos principais impasses para a efetivação de projetos de hidrogênio renovável em maior escala no Brasil é a viabilidade econômica. Atualmente em cerca de US$ 5 a US$ 6 o quilograma do insumo nos eletrolisadores, A PSR entende que para se tornar competitivo será preciso abaixar o preço do vetor energético para US$ 2 o kg, a uma energia que deveria estar a no máximo US$ 30 nas linhas de produção, a depender da existência de isenções fiscais e condições favoráveis de financiamento. Assim o preço final como comoditie ficaria em aproximadamente R$ 90 a R$ 100 o MWh ao consumidor brasileiro.

A projeção foi apresentada pelo diretor executivo da consultoria, Rafael Kelman, durante o primeiro painel do Workshop PSR/CanalEnergia, que acontece nessa terça-feira, 12 de março, no Rio de Janeiro. A análise é de que ainda existem muitos pontos a serem definidos para o H2, que tem grande potencial por ser uma molécula coringa que poderá descarbonizar qualquer setor, e que se mostra muito interessante para exportação à Europa, enquanto os projetos piloto por aqui olhando o mercado interno ainda esbarram nas comprovações para as etapas comerciais.

“Tem diferença entre o potencial e real, com muitas barreiras a serem ultrapassadas, sendo o viés econômico o principal desafio demonstrado em algumas pesquisas pelo país”, complementa a Head em Descarbonização da PSR, Luana Gaspar. Ela entende ser preciso um direcionamento do governo já que o mercado engatinha, pairando ainda incertezas sobre os tipos de subsídios enquanto o país busca não perder o bonde de oportunidades para redução de emissões na produção de aço, fertilizantes e na substituição do H2 cinza.

“Pensar no H2 só na produção não vai se viabilizar, mas aplicação de valor agregado e quem pode se beneficiar”, avalia. Luana também destaca a definição recente da Comissão Europeia quanto ao hidrogênio verde, como sendo de “origem não biológica”, com algumas regras estabelecidas, mas faltando ainda quais serão os sistemas que irão permitir a certificação do insumo, além da consequente adaptação para a realidade brasileira.

Reservas naturais?

Questionado sobre uma notícia envolvendo a descoberta de um grande reservatório de hidrogênio natural na França, se poderia viabilizar a economia sustentável da molécula, Rafael Kelman destacou que o achado possui apenas 1 km de profundidade e teria potencial de atender a demanda global por aproximadamente um ano, na ordem de 100 milhões de toneladas. “Se tiver outros desse seria uma mudança no jogo. É uma possibilidade que passou de curiosidade para ser um pouco mais tangível, mais ainda incerta, ficando talvez apenas nesse reservatório”, finaliza.

(Nota da Redação: Matéria atualizada às 18:40 horas do dia 13 de março de 2024 para complementação de informação no primeiro parágrafo)