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Com o placar empatado em dois votos a dois, a diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica prorrogou as tarifas da Enel Rio por uma semana, até a conclusão da votação do reajuste tarifário de 2024 na reunião do próximo dia 19. Sem o quinto diretor presente, o colegiado não conseguiu formar maioria para votar a proposta do relator Ricardo Tili de reavaliação da trajetória de perdas não técnicas definida na revisão periódica da distribuidora de 2023.
Tili defendeu a aplicação do limite de perdas previsto nos Procedimentos de Regulação Tarifária, com a incorporação às tarifas dos efeitos retroativos à data da revisão.
O voto de desempate será do diretor Fernando Mosna, que não participou da reunião desta terça-feira, 12, por estar em viagem a trabalho. As novas tarifas seriam corrigidas já na próxima sexta-feira, 15 de março.
A proposta de reajuste prevê aumento médio de 3,45%, com efeito médio de 4,97% para os consumidores em alta tensão e de 3% para os da baixa tensão. Com esse aumento, a tarifa residencial passaria para R$ 912,87/MWh, uma das mais caras do país.
Tili defendeu tratamento semelhante ao da Light, por considerar que as duas áreas de concessão no Rio de Janeiro tem problemas e complexidades semelhantes. Ele lembrou que com a implantação das Unidades de Policia Pacificadora (UPPs) nas comunidades do Rio, houve uma migração da criminalidade para áreas periféricas do estado.
A área técnica da Aneel considera a concessão da Light mais complexa, lembrando que as perdas com furto de energia são historicamente maiores na área da distribuidora que atende a capital fluminense.
A Enel fornece energia para 2,7 milhões de unidades consumidoras em 66 municípios do Rio de Janeiro, dos quais 2,5 milhões são clientes residenciais. A concessão abrange cerca de 70% da área geográfica do Rio e tem uma população em torno de 7 milhões de habitantes.