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A Eneva nutre boas expectativas quanto ao tamanho do leilão de capacidade que deve acontecer em 30 de agosto com produtos térmicos e hídricos de sete e 15 anos. Em teleconferência ao mercado nessa sexta-feira, 15 de março, o diretor-presidente da companhia, Lino Cançado, destacou que existem várias visões de qual é a demanda necessária para a competição, cujo foco da geradora recai na recontratação das UTEs Parnaíba 1 e 3 e a viabilização da expansão do Hub de gás no Sergipe.
“Acreditamos que a demanda deve ser alta devido ao crescimento da carga e inserção de fontes intermitentes no sistema. Mas tem muita incerteza, entre parâmetros e premissas que sensibilizam essa questão”, avalia o executivo.
Ele ponderou que existem diversos projetos de térmicas já existentes para o leilão, o que as torna mais competitivas, mas que a grande questão é a definição da solução de suprimento de gás no requisito exigido como 100% flexível. “Apesar de olhar no planejamento do sistema um volume grande de UTEs não acreditamos que 100% delas vão ter condições de participar de forma competitiva, assim como em 2021”, lembra.
Outro produto que pode ter menos condições no certame, segundo Cançado, é o hidroelétrico, se for considerada uma premissa de segurança razoável de que esse tipo de projeto não teria como ofertar uma potência relevante ao sistema. Também foram ressaltados os atuais níveis de afluências abaixo de 60% da média histórica como críticos ao setor. E que toda situação confortável ao longo de 2022 e 2023 não vai acontecer em 2024, o que aumentará a pressão pelas UTEs, sobretudo após o período de baixa na geração das UHEs do Norte do país.
Entre outros assuntos, o executivo comentou sobre a monetização da capacidade ociosa na mesa de gás no Sergipe. Foi fechado um acordo de curto prazo com cliente industrial para suprimento no segundo trimestre e outro de longo prazo com uma térmica, cujo cliente começará a venda de energia contratada em leilão a partir de 2026. Ademais, Lino Cançado confirmou os processos de diligência para compra das térmicas da Eletrobras, trabalhando para em algumas semanas preparar as propostas.