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A retomada dos leilões de transmissão vai destravar muitos investimentos em geração de energia eólica e solar em 2024, reforçando o crescimento dessas renováveis, que atingiu no ano passado 69%. A avaliação foi feita pelo ministro da Casa Civil, Rui Costa, durante balanço das ações do governo, na primeira reunião ministerial de 2024. O encontro aconteceu nesta segunda-feira, 18 de março.

A expansão da capacidade instalada de usinas eólicas e solares somou 8,9GW em 2023, contra 5,4 GW de 2022. Já os leilões de LTs licitaram 10,6 mil km de linhas com investimento previsto de R$ 37,4 bilhões, um aumento de 101% na comparação com o ano anterior.

Para Costa, os números da transmissão sinalizam que os valores de investimentos aumentarão ainda de forma significativa, porque muitos empreendimentos renováveis com recursos já contratados e projeto executivo pronto não tiveram as obras iniciadas. A razão era a incerteza dos investidores em relação à previsão de contratação de novas linhas em leilões, uma vez que os parques entrariam em dois três anos, sem garantia de que haveria conexão para escoar a energia do Nordeste para o centro de carga na região Sudeste.

O ministro lembrou que os leilões foram retomados no ano passado, com a realização de dois certames, e agora em abril será realizado a terceira grande oferta de concessões do governo atual. “Com contrato assinado, com data marcada para entregar a linha, os investidores dizem: agora vamos iniciar nossa obra, porque nós sabemos em que data nós teremos a linha de transmissão. Então, esse ano nós devemos destravar muitos investimentos, e, portanto, esse número de 2024 será ainda mais forte do ponto de vista de crescimento.”

Rui Costa destacou que, na cadeia produtiva da energia eólica, basicamente, todos os insumos para a implantação dos parques geradores são produzidos no Brasil, mas outras empresas que não estavam no país no ano passado tomaram a decisão de se instalar já a partir deste ano. Seja para produção de pás, seja de aerogeradores ou de outros componentes.

O mesmo deve acontecer com a geração solar fotovoltaica, que importa a maior parte dos equipamentos da China. Vários produtores, segundo ele, já anunciam a instalação e ampliação de suas fábricas no Brasil. “Isso dá uma capilaridade enorme para renda, principalmente no interior do Nordeste.”

Além da ampliação dos investimentos em tecnologia e energia limpa, Costa anunciou a meta do governo de zerar as ligações do programa Luz para Todos no Nordeste até o fim do mandato atual, e atender a toda a demanda por novas ligações, ou se aproximar disso, no caso da região Norte. O programa de universalização do acesso à energia elétrica recebeu R$ 1,270 bilhão em 2023, com aumento de 26% em relação a 2022.