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A Auren Energia ainda faz as contas para verificar se deverá entrar no leilão de reserva de capacidade na forma de potência que está em consulta pública. A empresa possui quatro espaços livres na UHE Porto Primavera (SP/MS, 1.540 MW), o que poderia elevar a potência da central no rio Paraná a 1.980 MW. Segundo a diretora Regulatório e de Planejamento Estratégico da empresa, Priscila Lino, ainda não se tem os detalhes da demanda que o governo contratará nesse certame previsto para 30 de agosto. Há um volume de cerca de 10 GW em térmicas com contratos no final nos próximos três a quatro anos e que pelo menos a metade poderá ser colocada em disputa.
“Parte dessa oferta terá que ser renovada diante da necessidade do sistema em si. O quanto entrará nesse leilão não temos essa informação”, comentou a executiva no evento Auren Day 2024, realizado para investidores e analistas de mercado. Ela comentou que desse volume é possível que pelo menos 5 GW possa ser contratado. Sobre a potencial alocação pelos produtos que estão em consulta pública, para geração térmica ou hídrica, é necessário esperar as definições.
Internamente a Auren precisará refazer uma cotação de quanto custará a expansão da potência de Porto Primavera. A última vez que foi feito esse levantamento data de 2018. Portanto, disse a diretora, será necessária uma tomada de preços para esses ativos no cenário atual.
Segundo sua análise, a expansão da usina para todos os slots vazios atualmente não representaria uso excessivo do reservatório da central que tem uma grande área alagada. Caso alcançasse a sua potência nominal com as 18 unidades – atualmente são 14 UG – o reservatório reduziria em 2 centímetros ante a cota atual de operação.
Em sua análise, por se tratar de contratação de potência, não faz sentido ter equipamentos que estejam disponíveis 24 horas por dia para a operação. Mas sim, por períodos de 4 a 6 horas para operar no atendimento da ponta. Se ficassem disponíveis todo o período teriam que estar na base e agregar garantia física para a empresa.
Preços de mercado
Quanto ao nível de preços no mercado de energia, a avaliação do CEO Fábio Zanfelice, é de que há um movimento de teste do cenário ante a perspectiva de que ainda possamos ver chuvas nas bacias de interesse do SIN.
Ele considera esse comportamento como normal diante das incertezas que ainda persistem no país, afinal o período úmido ainda não terminou e há uma expectativa de que ocorra mais chuva entre o final de março e início de abril que possa melhorar o cenário atual que é de solo mais seco do que o verificado em 2021.
Segundo ele, à medida que o cenário persista o mercado muda a estratégia para encontrar o preço de equilíbrio.