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Estudo lançado pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico conclui que que o emprego dos dados na configuração e implementação de sistemas de alerta para eventos climáticos extremos, como secas e inundações, pode evitar perdas de até R$ 661 para cada R$ 1 investido, relação quantificada a partir das perdas e custos evitados em decorrência de alertas para inundações em áreas urbanas.
A publicação ‘Avaliação de Custos e Benefícios da Rede Hidrometeorológica Nacional – Estudos de Casos’, traz um levantamento inédito sobre a relação entre o valor investido na rede e o retorno que ela proporciona para a sociedade. O estudo foi financiado pela ANA e desenvolvido pelo Instituto de Pesquisas Hidráulicas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
O estudo também apresenta o levantamento realizado em dois municípios do Rio Grande do Sul – São Sebastião do Caí e Montenegro – sujeitos a cheias frequentes no rio Caí. Neles os dados e informações da RHN permitem o mapeamento de áreas inundáveis com seus respectivos períodos de retorno – periodicidade estimada entre ocorrências de tais eventos. Se empregadas no planejamento urbano, de modo a restringir ocupações em áreas inundáveis, essas informações poderiam trazer um retorno (em danos e perdas evitadas) de até R$ 14 para cada R$ 1 investido.
A partir de um outro estudo de caso da bacia hidrográfica do rio Taquari-Antas, a cada R$ 1 aplicado no custeio da rede de monitoramento local para produzir os dados de melhor qualidade, são esperados benefícios de até R$ 106, o que está associado à redução de custos decorrentes de eventual superestimativa da garantia física. Outro resultado do levantamento aponta que cada R$ 1 investido na RHN para disponibilizar dados ao processo decisório para operação hidrelétrica na bacia do rio Paraná pode trazer um retorno de R$ 134.
O estudo reforça a importância do monitoramento hidrológico e a necessidade de se aprimorar a atuação da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico na coordenação da Rede Hidrometeorológica Nacional. Essa ferramenta de monitoramento se mostra necessária para o conhecimento da quantidade e qualidade dos recursos hídricos no país, assim como para subsidiar e qualificar decisões tomadas por órgãos e entidades públicas e privadas a partir dos dados de monitoramento hidrológico.
A ANA coordena as atividades desenvolvidas no contexto da Rede Hidrometeorológica Nacional conforme estabelecido por lei. A Agência possui uma rede de monitoramento de níveis e vazões de rios e de chuvas em todo o Brasil. São mais de 4,7 mil estações de monitoramento, sendo aproximadamente 1.900 estações fluviométricas
A RHN visa a prover informações de boa qualidade, para atender aos diversos estudos e projetos na área de recursos hídricos. Os dados registrados fornecem subsídios à efetiva implementação da Política Nacional de Recursos Hídricos.