fechados por mês
eventos do CanalEnergia
mantenha-se informado
sobre o setor de energia.
A Petrobras irá desenvolver um projeto de Pesquisa & Desenvolvimento para a fonte eólica offshore. De acordo com o diretor de Transição Energética da estatal, Maurício Tolmasquim, que participou de painel do Brazil Offshore Wind Summit, serão instalados dois aerogeradores até 2029. Um ficará localizado na região Nordeste, no Rio Grande do Norte, e outro na região Sudeste. O objetivo é adquirir experiência, em preparação para os projetos comerciais.
A ideia é usar os aerogeradores que tenham a maior potência disponível, orbitando em torno de 16 MW. Ainda não está definido quem irá fornecer os equipamentos. “Queremos que seja grande, mas o tamanho vai depender do que estará disponível no momento”, avisa.
O investimento será por meio de recursos de P&D, que será tocado exclusivamente pela empresa. Há conversas em curso com a Secretaria de Patrimônio da União para viabilização do projeto. A área do Sudeste pertence à Petrobras.
A intenção da estatal é participar do primeiro leilão de cessão de uso de área. A petroleira almeja ter quatro projetos comerciais aptos a participar dessa primeira licitação. Para isso, estão sendo preparados junto a governança da empresa. A Petrobras tem 20 GW registrados no Ibama.
O ex-presidente da Empresa de Pesquisa Energética acredita que, apesar da aprovação pela Câmara dos Deputados do PL das eólicas offshore, ainda são necessários muitas etapas. Para ele, os ‘jabutis’ que foram inseridos no PL estão dificultando a conclusão da sua aprovação.
Ainda de acordo com ele, apesar do leilão de cessão de uso de área ser um etapa considerada fundamental para a viabilização dos projetos offshore, há um aspecto inegável que é o do preço dessa energia que vem do mar. O valor praticado para a fonte ainda é bem mais alto que o da eólica tradicional ou da solar fotovoltaica. Há uma perspectiva que ao longo dos anos o preço caia e fique mais competitivo.
Outro ponto salientado pelo executivo foi a falta de um planejamento espacial marinho. Esse mecanismo analisa as atividades humanas na áreas marinhas. Em 2017, o Brasil assumiu o compromisso de implantar o PEM até 2030. O PEM é considerado essencial por trazer segurança jurídica para os investidores nesse tipo de empreendimento.