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O Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio pretende criar um Grupo de Trabalho permanente para estruturar um programa que garanta a competitividade para a indústria nacional das eólicas offshore. O anúncio foi feito durante participação do secretário de Economia Verde, Rodrigo Rollemberg, no Brazil Offshore Wind Summit, realizado nesta quarta-feira, 27 de março, no Rio de Janeiro (RJ). O GT deve ser composto por representantes do BNDES, CNI, ABEEólica, além do próprio MDIC. “O objetivo é criar instrumentos que permitam o desenvolvimento dessa indústria que é estratégica para o Brasil e para o planeta”, explica.
De acordo com Rollemberg, a eólica offshore terá um papel fundamental como fonte de energia e também na cadeia de suprimentos, sendo um grande instrumento para a descarbonização da indústria e produção do hidrogênio. Segundo o secretário do MDIC, o Grupo de Trabalho pode ser ampliado para as demais renováveis.
Para ele, deve ser mudado o cenário em que países ricos exportarem matéria-prima para produzir produtos manufaturados de alto valor agregado nas suas sedes. Ele considera fundamental que parte dessa cadeia de valor fique nos países em desenvolvimento como o Brasil, que é grande produtor de matéria-prima e grande produtor de energia. “Não haverá transição energética justa se não houver também uma transição de parte da produção industrial para os países em desenvolvimento”, aponta.
A expectativa dele é que os marcos regulatórios que envolvem o setor, sejam aprovados até o meio do ano. Estão aguardando aprovação o PL do Combustível do Futuro, o do Programa de Aceleração da Transição Energética e do Hidrogênio Renovável e H2R. Rollemberg também confia na aprovação do PL das eólicas Offshore, definindo-o como agregador. O PL foi apresentado por um senador do PT (Jean Paul Prates- RN) e relatado no Senado por um do PL (Carlos Portinho -RJ).
Para o secretário, o momento atual é de desafios e oportunidades e o Brasil saberá se colocar perante esse cenário de uma nova geopolítica com o uso das renováveis. A ação do país deve ser rápida, de modo a captar todas as oportunidades. “É importante que tenhamos políticas definidas”, pontua.
O secretário considera importante que o país se apresente não só como produtor de energia renovável, mas como detentor de políticas que fortalecem as cadeias de valor e atraindo os consumidores intensivos de energia. “Brasil tem condições de liderar o processo de powershoring“, observa. O hidrogênio renovável, considerado o energético do futuro, deve ter um uso que vá além da exportação, sendo usado no mercado nacional.