Olá, esse é um conteúdo exclusivo destinado aos nossos assinantes
Cadastre-se GRATUITAMENTE ou faça seu LOGIN e tenha acesso:
Até 5 conteúdos
fechados por mês
Ficar por dentro dos cursos e
eventos do CanalEnergia
Receber nossas newsletters e
mantenha-se informado
sobre o setor de energia.
Notícias abertas CanalEnergia
ou
Já sou cadastrado,

Pesquisadores da Universidade Federal do Pará (UFPA) estão na reta final de um estudo que se mostra eficiente no crescimento acelerado de árvores nativas da floresta amazônica, reduzindo em até 20 anos o processo. O trabalho é focado em espécies de crescimento lento, como a golosa, cujo florescimento demora 25 anos, porém, com o resultado da técnica inovadora, os primeiros frutos, segundo os cientistas, surgirão entre três e quatro anos após o plantio da árvore.

A pesquisa, que acontece desde outubro de 2022 com previsão de conclusão em oito meses, é um projeto de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PDI) da Norte Energia, concessionária da Usina Hidrelétrica Belo Monte, regulado pela Aneel. Também participam cientistas da Fundação de Amparo e Desenvolvimento da Pesquisa, da Universidade Federal de Viçosa, da Universidade Federal Rural da Amazônia e do Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade do Estado do Pará.

Além da pesquisa revolucionar a restauração florestal de áreas degradadas e mitigar as mudanças climáticas, pode contribuir para promover renda para a população local, visto que muitos frutos da região têm sabores exóticos e suas polpas despertam interesses gastronômicos. O estudo consiste na combinação de uma técnica de melhoramento genético e estrutural das plantas, que implanta parte de uma espécie viva em outra planta, e a aplicação de hormônios, acelerando o crescimento e antecipando a floração e frutificação.

Todas as espécies estudadas são nativas da floresta amazônica, como o jatobá, cajá ou taperebá, golosa, muiracatiara, ipê, camu-camu, orelha de macaco, mogno, cupuaçu, jenipapo, amarelão, ucuúba, seringueira e a andiroba. Algumas plantas também precisam da técnica de sombreamento numa primeira etapa para agilizar o crescimento. É o caso do cajá, do jenipapo, da pata de vaca e da muiracatiara. De acordo com os pesquisadores, esse tipo de proteção tem ajudado a reduzir a incidência de luz solar direta, evitando estresse nas mudas. O processo de crescimento acelerado da golosa acaba sendo destaque porque pode ajudar no sombreamento natural, já que essa espécie chega a 30 metros de altura.