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A GreenYellow concluiu a maior emissão de debêntures ao longo de dez anos de atuação no Brasil. Coordenada pelo Bradesco, a operação de R$ 126 milhões corresponde ao valor de 19 usinas solares já construídas, somando 45 MWp entre sete estados. No ano passado foram R$ 190 milhões em aportes desse tipo, com o plano de investimentos próprio definido em R$400 milhões aos projetos futuros de eficiência e geração solar em 2025 e aqueles de GD1 em construção.
“Para os próximos anos, no contexto mundial da GreenYellow, as unidades de negócios das regiões da América Latina e Ásia terão como objetivo mais autonomia financeira, por meio da atuação de Project Finance e a possível rotação de ativos, visando garantir a independência local”, comentou o CEO da GY Brasil, Marcelo Xavier, durante coletiva de imprensa nessa terça-feira, 2 de abril. A ideia é assumir mais risco, mesmo contando com o aporte via equity do grupo controlador.
Outra novidade mencionada pelo executivo na ocasião é que a multinacional francesa está estruturando um M&A de venda de usinas fotovoltaicas operacionais para reciclagem de capital, sem citar valores pois o time estratégico ainda avalia a troca de ativos envolvendo esse portfólio. “Queremos finalizar esse processo até outubro e temos alguns interessados já, com a coordenação de um Advisor e esperando as ofertas não vinculantes para junho”, pontuou Xavier.
Multinacional francesa quer entregar usina fotovoltaica de 150 MWp em Goiás até 2026. Energia será destinada a clientes do mercado livre (GY)
A companhia celebra recordes de entrega e assinatura registrados no ano passado, tendo conectado mais 34,8 MWp às concessionárias de energia e 88 MWp em novas assinaturas, totalizando 144,8 MWp desde o início da operação. Entre os negócios fechados no período estão os contratos com as empresas de Geração Compartilhada Enersim, Prime Energy, Matrix Energia e Sun Mobi. A previsão para esse ano é superar esse montante, com expectativa de alcançar 200 MWp, chegando a 270 MWp no ano seguinte, o que representaria o maior volume em termos globais da empresa.
Questionado pela Agência CanalEnergia sobre a fila de projetos que disputam parecer de acesso junto à rede de conexão, que no ano passado era de aproximadamente 450 MWp, Marcelo Xavier disse que foi feito um refinamento do processo dentro da empresa, com algumas indefinições ainda se efetiva ou retira determinados ativos. “Hoje o pipeline é de 70 MWp para esse ano e 50 MWp no próximo ano já com PPAs definidos”, reforçou.
Carpots, GC e joint-venture
Com as mudanças na regulação da GD, a ideia da empresa é que os projetos de geração descentralizada se concentrem no mercado de C&I (Comercial & Industrial), com foco em telhados e carports solares, prevendo a implantação de 30 MWp nesse ano por meio de parcerias com integradores e distribuidores com capilaridade nacional.
Já por outro lado, a entrada no segmento de Geração Centralizada, anunciada no ano passado, está programada para ser efetivada no começo de 2026, com a previsão da entrega de uma usina de 150 MWp de autoprodução a ser construída em Goiás. Está na fase de assinatura dos PPAs, sem os clientes ainda definidos no mercado livre pelas vantagens de redução de encargos, com foco nos ramos do Varejo, Serviços, Saneamento, Indústrias e Mineração.
Meta para esse ano é atingir 25 GWh em contratos de eficiência com mais diversificação de projetos e atuação na indústria e varejo alimentar (GY)
O setor composto pelos players das áreas de Mineração, Metais e Metalurgia (MMM) representa um novo nicho que a organização estabeleceu como foco global. Pensando nisso, uma joint-venture foi criada para contribuir com seu modelo de negócio As a Service, que dispensa investimento por parte do cliente. No Brasil a Green2Mine terá um profissional dedicado a desenvolver negócios de geração solar remota, com armazenamento ou de autoprodução para o ACL.
“Temos dois ou três projetos com a mineração e depois devemos partir para o setor de fertilizantes, em projetos de autoprodução de GD, GC e eficiência energética para fomentar retrofit de equipamentos que não entraram num planejamento de capex”, explica Xavier. Ele ressalta também que a empresa possui uma comercializadora pequena, que lhe ajuda na ponte com os clientes em contratos assinados, atuando na migração e gestão dos contratos. “Abre portas comerciais e aumenta a celeridade do processo”, acrescenta.
Eficiência e baterias
Na parte de eficientização a GY fechou 2023 com a assinatura de 17 GWh em novos contratos, maior volume em um ano fora do antigo grupo controlador, o Cassino, o que mostra a diversificação do portfólio e retomada no segmento do varejo alimentar. Atualmente são mais de 800 contratos em operação, entre eles dois com o segmento industrial, em soluções de ar comprimido e estudando outras para outros agentes eletrointensivos ou que precisam modernizar seus equipamentos.
“Para 2024 a meta é atingir 25 GWh em contratos de eficiência com mais diversificação de projetos e atuação na indústria e varejo alimentar”, reforça o CEO.
Já na parte de armazenamento, a multinacional está entrando com projetos na África do Sul e estudando casos e modelos em outros países, com a combinação de geração renovável e armazenamento no Brasil para os sistemas isolados e na substituição de usinas térmicas. E que devido a insegurança pela indefinição regulatória, outras aplicações ainda dependem de maior discussão e participação dos players junto ao mercado.