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O armazenamento em conjunto com o hidrogênio verde vai influenciar o setor produtivo e potencializar o crescimento das energias renováveis no Brasil. Diante deste cenário, as tecnologias de hidrogênio verde deverão movimentar até R$ 1 trilhão em novos investimentos nos próximos 15 anos no país. Segundo o CEO da Absolar, Rodrigo Sauaia, no mundo já se fala e trabalha o armazenamento há bastante tempo e o Brasil está atrasado nesse assunto e, segundo ele, é necessário mais incentivos para o hidrogênio verde poder se desenvolver.

“Nós sabemos das limitações que o país possui, mas o mundo inteiro está correndo nessa direção. E para atrair esses grandes projetos nós precisamos efetivamente nos posicionar como nação para nos tornarmos competitivos frente a esses outros mercados que não tem os mesmos diferenciais que o Brasil possui. Temos que potencializar o nosso hidrogênio verde”, disse Sauaia durante evento organizado pela Absolar nesta quarta-feira, 03 de abril.

Já a vice-presidente da Absolar de H2V e CEO da Cela, Camila Ramos, acredita que a história da solar irá se repetir com o H2V aqui no Brasil, porém, é necessário todo um arcabouço legal e incentivos que vão ser necessários para tornar esse mercado competitivo. “As discussões têm sido muito ricas e eu tenho percebido que os atores desse processo estão evoluindo. E não só no entendimento do que é necessário para esse setor, mas também em relação aos projetos avançando em etapas”, ressaltou. Ela afirmou que já tiveram mais de 1.700 projetos anunciados no mundo em relação ao hidrogênio, sendo que aqui no Brasil já foram 56 e 8 projetos já em operação. “E sim, o Brasil tem um grande potencial para ser produtor de hidrogênio verde”.

Segundo ela, o anúncio do primeiro projeto de grande escala comercial de H2V no Brasil deverá acontecer nos próximos meses. A executiva também mencionou alguns setores específicos que tem avançado rapidamente na viabilidade e desenvolvimento de projetos. Entre eles, a indústria de fertilizantes, siderurgia, mineração, aviação e combustível para navios.

Do lado de financiamentos para tornar os projetos viáveis, Camila declarou que o BNDES já anunciou uma linha de financiamento para hidrogênio renovável super competitiva. “O volume de investimento nesse setor vai ser enorme”, disse.

Para o deputado federal, Arnaldo Jardim, o hidrogênio verde é a nossa referência, é aquilo que o Brasil tem de diferencial competitivo. “Já definimos a governança do setor, muito importante no caso, mas caberá toda disciplina e acompanhamento com relação à produção especificamente do hidrogênio”, destacou. Ele ainda citou que hoje existe um plano de aceleração da transição energética, porém, limitados pela questão fiscal de um estado que não tem condições de oferecer subsídios e incentivos.

Armazenamento

Ricardo Tili, diretor da Aneel, afirmou que armazenamento no leilão não deverá concorrer com a térmica, hidráulica e nem com a solar. “Cada um tem um atributo e vai entregar. Ele não é um gerador de energia, o armazenamento precisa de uma fonte que abastece na hora que tem menos movimento. E a flexibilidade de hoje, principalmente com o avanço da energia renovável, é uma necessidade premente e vai evoluir muito rápido”, afirmou.

Sobre a regulamentação, Tili afirmou que cabe a Aneel a regulação e que vão continuar com ela aberta para ir aprimorando. “Nós vamos tratar com mais urgência a questão da outorga e o acesso a rede e iremos continuar discutindo e aprimorando. Não dá para ter uma regulação mais estática, pois as tecnologias evoluem muito rápido”, ressaltou.