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A EnBPar deve entregar ao governo amanhã, às 15h, os estudos que balizarão a tarifa da usina nuclear de Angra 3 ( RJ – 1.405 MW). O anúncio foi feito pelo presidente da estatal, Luis Fernando Paroli, durante o Nuclear Summit 2024, realizado pela Abdan, nesta segunda-feira, 8 de abril, no Rio de Janeiro. O BNDES, que fez os cálculos do estudo, participará da entrega ao Ministério de Minas e Energia junto com a EnBPar.

Paroli não quis adiantar o valor da tarifa, que antes era cogitada em cerca de R$ 750 a R$ 800 por MWh. O estudo com o cálculo da tarifa é considerado um dos pontos cruciais para a reativação de fato do canteiro de Angra 3. O documento será analisado pela Empresa de Pesquisa Energética e apresentado ao Conselho Nacional de Pesquisa Energética.

De acordo com Paroli, o novo modelo de tarifa da usina nuclear é complexo, uma vez que envolve pontos como o orçamento e a entrega para análise do Tribunal de Contas da União, o que demandaria muito tempo. Por conta disso, o executivo conta que houve uma separação do estudo em duas frentes: a primeira refere-se  a que vai embasar o que será entregue, adota um capex que já foi calculado, mas que não é preciso, adotando um valor em torno de R$ 20 bilhões; a segunda é o estudo completamente detalhado, com todas as suas minúcias, o capex atualizado e que será entregue posteriormente.

Segundo o executivo, essa primeira frente já traz as condições para a decisão política, uma vez que o estudo impreciso não deverá exceder o valor do detalhado em mais de 2% por já ter sido calculado de vários modos diferentes. “Se entrar em uma licitação internacional, tem que especificar todos os detalhes, mas isso não tem mais condição de afetar fortemente o capex necessário”, explica.

No estudo serão apresentados componentes que irão impactar no valor tarifário, como o retorno do Renuclear Nacional e Estadual e a exclusão da Reserva Global de Reversão por já haver um fundo de descomissionamento, além do retorno aos acionistas investidores. “Esses quatro fatores é que irão afetar fortemente a tarifa e vão trazê-la para patamares mais aceitáveis do que os R$ 750 por MWh que estavam sendo anunciados”.

INB

Ainda no evento, o executivo disse que a EnBPar irá encomendar ao BNDES um plano para um novo modelo de negócio para as Indústrias Nucleares do Brasil. Segundo Paroli, a INB era dependente do orçamento da União, o que gerava incertezas dos recursos para investimentos. A intenção é deixá-la independente de modo que o seu plano de negócio tenha garantias de execução.