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O deputado federal e presidente da Frente Parlamentar Nuclear Julio Lopes (Progressistas – RJ) quer incluir a fonte como combustível limpo no Programa de Aceleração de Transição Energética, aprovado recentemente pela Câmara dos Deputados. O PL ainda tramitará no Senado, onde ele espera que a ideia prospere. De acordo com Lopes, a proposta foi derrotada na Câmara, mas ele acredita em reversão. “Vamos precisar de organização e união”, avisa  lopes, que participou da abertura do Nuclear Summit, realizado no Rio de Janeiro, nesta segunda-feira, 8 de abril.

Segundo o deputado, o governo orientou a votação contra a inserção, o que influenciou o resultado. Houve ainda uma descoordenação da bancada fluminense. Lopes lembrou que a atividade nuclear está baseada no Rio de Janeiro, o que deveria ter se transformado em votos. Ainda de acordo com Lopes, não é concebível o governo votar contra algo que várias nações do mundo estão fazendo, que é aumentar a capacidade da fonte.

Ele lembra que essa delimitação impede a fonte de pleitear por mais recursos e acessar fundos, como os da Finep – cujo presidente, Celso Pansera, também participou da abertur do evento – uma vez que o governo só poderá financiar o que está dentro da lei. “Não haverá recursos para o setor nuclear se a lei não considerar como energia limpa”, aponta.

Para o deputado, quando se fala em não concluir a usina de Angra 3, na realidade está se discutindo descontinuar o Programa Nuclear Brasileiro. Segundo ele, o PNB é um projeto integrado e a nova usina atua como uma espécie de nave-mãe. O desconhecimento da sociedade e de autoridades sobre a fonte também foi salientado pelo parlamentar. “Não temos uma sociedade formada e instruída sobre o que é a importância do nosso setor nuclear”, criticou.

Ele relatou encontro com o vice-presidente Geraldo Alckmin, em que o titular da pasta de Desenvolvimento, Indústria e Comércio mostrou ceticismo quanto à fonte e apontando falta de governança na área nuclear. Lopes concorda, mas admite que isso deve partir do governo, uma vez que o Ministério de Minas e Energia desestruturou a área e precisa reconstruí-la. “A primeira coisa a se fazer é restabelecer a governança do setor nuclear. Sem essa, não poderemos recuperar a credibilidade nem junto o Alckmin nem junto a toda as instâncias do governo”, ponderou.