Olá, esse é um conteúdo exclusivo destinado aos nossos assinantes
Cadastre-se GRATUITAMENTE ou faça seu LOGIN e tenha acesso:
Até 5 conteúdos
fechados por mês
Ficar por dentro dos cursos e
eventos do CanalEnergia
Receber nossas newsletters e
mantenha-se informado
sobre o setor de energia.
Notícias abertas CanalEnergia
ou
Já sou cadastrado,

Durante a inauguração do complexo eólico Aroeira (BA – 348 MW), na última sexta-feira, o presidente da Enel, Antonio Scala, revelou que espera uma maior participação dos componentes nacionais nos aerogeradores brasileiros. De acordo com ele, a maioria dos equipamentos locais ainda não são competitivos, o que atrapalha a intenção da geradora de aquisição desses itens no país.

A cadeia de equipamentos eólicos no Brasil tem sido alvo da preocupação dos agentes. Nos últimos anos, alguns fabricantes anunciaram a hibernação da sua produção. A fonte enfrenta um suposto paradoxo, já que a sua expansão será fundamental para a transição energética

Segundo Scala, hoje muitas peças de aerogeradores chegam de fora e um aumento da capilaridade local ainda demoraria alguns anos, demandando um ajuste na política tarifária de exportação dos equipamentos. Já há conteúdo local na produção de pás eólicas, mas esse componente é apenas 15% do custo da turbina, os demais são importados. “Precisa de mais tempo para ter os componentes brasileiros”, avalia.

No fim do ano passado, o governo mudou alíquotas de importação para aerogeradores. A partir de 2025, as compras feitas fora do país serão taxadas e só haverá isenção para o que não houver produto local equivalente. Para Scala, é impossível que no ano que vem o mercado já disponha de itens competitivos, já que não haveria tempo hábil para testes e certificação. Segundo ele, isso levaria de três a quatro anos.

O executivo da empresa italiana vê o governo sensível aos pleitos do setor. Para ele, o momento será de muitas oportunidades e novos empreendimentos, o que é ideal para uma solução. “O momento é para se dialogar”, comenta.

A energia de Aroeira, está destinada ao mercado livre, mas sem um cliente específico. Não é possível quantificar o montante de energia da eólica que já estaria contratada oriunda do empreendimento. A EGP anexa à produção dos seus parques à sua carteira, sem fazer um contrato ligado diretamente a energia de um parque. “Não fazemos uma gestão pontual de usina por usina, é uma gestão de cartela de portfólio inteiro”, explica o presidente. Hoje 65% da carteira da EGP está no mercado livre.

* O repórter viajou a convite da Enel Green Power