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A Eletrobras deve investir R$ 17 bilhões em transmissão nos próximos anos. De acordo com o vice-presidente Executiva de Estratégia e de Desenvolvimento de Negócios Elio Wolff, o valor abrange investimentos que virão de quatro lotes arrematados no último leilão de transmissão, que junto com outros dois de certames de 2022 e 2023 somam cerca de R$ 6,8 bilhões. Além disso, a ex-estatal tem mais R$ 7 bilhões de investimentos em reforços e melhorias de ativos em operação já autorizados pela agência reguladora e outros R$ 3 bilhões destinados ao linhão Manaus-Boa Vista. Wolff, que participou nesta quinta-feira, 11 de abril, de painel no Fórum Brasileiro de líderes em Energia, ressaltou a importância do transmissão para a transição energética e a disposição da companhia nesse segmento.
“A transmissão tem papel fundamental e deve triplicar por causa da transição. A Eletrobras vai continuar investindo”, avisa. No último leilão, a Eletrobras foi um dos destaques arrematando quatro lotes. Antes da privatização, a companhia estava recolhida das disputas, sem participar dos certames.
A interconexão no Norte, a cargo do consórcio TNE – formado pela Alupar e Eletronorte – teve suas obras paralisadas por um problema de licenciamento ambiental em 2015 e o prosseguimento interrompido desde então. Somente no ano passado o entrave foi solucionado e as obras puderam continuar.
Baterias
Durante o painel, o papel das baterias foi avaliado por executivos de empresas do setor. Para Adriana Waltrick, CEO da SPIC Brasil, esse mercado ainda não há um desenvolvimento dessa área no Brasil porque as UHEs conseguem executar esse papel. A empresa atua em 46 países e a Ásia aparece em um estágio mais avançado que no Brasil. Rogério Jorge, CEO da AES Brasil, concordou com a executiva da geradora chinesa, mas salientou que a baterias tem um papel elétrico, que é o uso para aumentar a flexibilidade e a confiabilidade do sistema, auxiliando no escoamento da energia renovável do Nordeste. “Energeticamente não faz sentido, mas eletricamente sim”, aponta.
Outro ponto destacado pelo executivo da AES Brasil é que por toda a transformação que o setor deve passar, a eficiência energética deverá receber uma atenção maior, um vez que hoje ela é pouco falada. Segundo ele, projetos de resposta da demanda devem crescer nos próximos anos.
Já para o diretor de transição energética da Petrobras, Mauricio Tolmasquim, a sobreoferta de energia renovável a baixo custo poderá auxiliar na neoindustrialização verde. Ainda segundo o diretor da Petrobras, o país tem um potencial gigantesco de hidrogênio verde e relembrou estudo da Bloomberg NEF, que indica que o Brasil vai liderar nesse energético.